Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública interativa para tratar sobre o PLS 264/2017 que altera a Lei que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde. Em pronunciamento, diretor de Avaliação de Tecnologia em Saúde da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Na manhã desta terça-feira (16), pouco antes de entrar em reunião com o agora ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o novo comandante da pasta, ministro Marcelo Queiroga, afirmou que dará continuidade aos trabalhos e à política de enfrentamento à Covid-19 proposta pelo Governo Federal. “A política é do governo Bolsonaro e não do ministro da Saúde. O ministro da Saúde executa a política do governo. O ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a este trabalho e conseguirmos vencer esta crise na saúde pública”, afirmou.

Em conversa com apoiadores na porta do Palácio do Planalto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que Marcelo Queiroga chega ao Ministério da Saúde com o planejamento de novas medidas para o combate ao novo Coronavírus. “O Marcelo Queiroga, médico e também gestor, muito mais entendido na questão da saúde, vai fazer outros programas que interessem cada vez mais para diminuirmos o número de pessoas que venham a entrar em óbito por ocasião desta doença, que se abateu no mundo todo”, ressaltou o presidente.

Queiroga é o quarto indicado do Palácio do Planalto a assumir o cargo de ministro da Saúde.

Para o cientista político Valdir Pucci, a mudança seria uma resposta do presidente Bolsonaro às críticas recebidas com relação ao enfrentamento do Coronavírus no Brasil. “A troca de ministros serviu para dois objetivos principais. Primeiro para que o presidente possa dar uma resposta mais objetivo à sociedade ao combate da pandemia, uma vez que o presidente tem assistido à diminuição da sua popularidade devido à forma como ele trata principalmente a questão da vacina no país. Então, esta mudança vem dar uma nova roupagem, uma vez que o próprio ministro Pazuello ficou muito identificado com a visão de dificultar o acesso da vacina ao brasileiro. Outra questão importante é o fato da troca do ministro ser motivada por um pedido do Centrão, que dá sustentação política ao governo. E este pedido vem atrelado a uma possibilidade quase concreta que havia de se abrir uma CPI da pandemia”.

O também cientista político Danilo Morais acredita que, apesar da questão política, com Marcello Queiroga à frente do Ministério da Saúde, o Brasil deve seguir um novo caminho no combate à Covid-19. “A troca do comando do Ministério da Saúde é muito mais relevante pela troca da diretriz política, que aparentemente deve ocorrer, que pela troca do ocupante eventual do cargo. Isto porque a troca de ministros não parece sinalizar para uma perspectiva de continuidade da gestão anterior, diante da criticidade do agravamento da crise de saúde do Brasil. Neste sentido é de se esperar que o presidente acelere a política de vacinação, sob pena de se colocar em risco a própria continuidade de seu governo, na medida em que o não endereçamento da crise de saúde da crise econômica torne a situação absolutamente grave e inédita em relação à questão do Brasil”, ressalta.

Formado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba, Marcelo Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, com especialização na área de atuação em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.

Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Crédito da foto: Agência Senado

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui