Filhos e filhas,

Somos convidados nessa semana a voltar as atenções para a família. Aqui em nosso país, estamos em plena Semana Nacional da Família, que tem como tema a “A alegria do amor na família”, em sintonia com a vivência do Ano Família Amoris Laetitia, convocado pelo Papa Francisco. Como lema, foi escolhido um trecho do livro do Eclesiástico “Dá e recebe, e alegra a ti mesmo” (Eclo 14, 1).

E na família, o amor se traduz em gestos concretos, principalmente na relação entre o casal. O relacionamento entre marido e mulher é um conjunto de sentimentos, gestos e ações que precisam ser bem trabalhados senão o amor pode acabar.

Em várias partilhas que ouço, percebo que o que mais machuca duas pessoas envolvidas numa relação e que vai arranhando o amor, matando o companheirismo e acabando com a convivência é a desconsideração. Isto é, não valorizar as qualidades e apontar sempre os defeitos do outro.

Quando a desconsideração se torna crônica, provavelmente o casal chegou perto da dissolução, porque o ser humano não suporta viver numa relação em que nunca é valorizado. Por isso, ressalto que a valorização do outro precisa acontecer no dia a dia do relacionamento. Não uma valorização extraordinária, num momento especial ou em datas especiais, mas no cotidiano, porque é aí que a relação vai se enfraquecendo.

Ninguém se casa para ser infeliz, carregando o peso de uma relação que, às vezes se torna até doentia, abusiva, onde não há momentos de alegria, de prazer, não há cumplicidade. Filhos e filhas, o casamento é para que um faça o outro feliz! E para isso, devemos sempre reservar o nosso melhor para a família.

Jesus fala de edificar a casa na rocha firme (cf. Mt 7,24-27). A casa edificada na rocha é uma família que pratica a Palavra, é temente a Deus. E eu e minha casa serviremos ao Senhor, está dizendo que praticaremos a vontade de Deus. Seremos tementes a Deus. O alicerce de nossa casa é a rocha e a única rocha é Jesus Cristo.

Muitas vezes, permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando. Mas é possível fundamentar mais uma vez na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15) deveria ser o lema das famílias.

A Igreja é muito feliz em nos propor uma Semana da Família, de intensificar as orações pela família. Tenho falado em meus programas que nessa semana temos que levantar nossas mãos, assim como Moisés, e interceder pela família. Carente de muitas orações e atenção.

Em sua homilia do Encontro das Famílias, o Papa Francisco assim falou: “O verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor. Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Para rezar em família requer simplicidade! Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte”.

Vale a pena investir na família, ela traz alegria e realização a todos nós.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

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