Das passagens registradas em abril, irregularidades foram constatadas em 4% dos veículos

 

Por toda sua extensão, de 45 quilômetros, de Assis a Paraguaçu Paulista, a SP 284 – Rodovia Manílio Gobbi é um corredor que serve para o escoamento da produção agrícola e industrial. Diariamente, passam pelo trecho mais de 2 mil veículos comerciais. Conferir o comportamento deste perfil de transporte tem sido prática diária de equipes da Eixo SP, concessionária que administra o trecho, da CART Concessionária e do DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem) em Operação de Cooperação.

Somente no mês de abril, a balança operacional móvel, instalada em Assis, no km 454+200, registrou a passagem de 3.817 caminhões. Quatro por cento destes veículos, 152, estavam acima do peso. Outros 57 (1,5%) foram autuados por fugirem da fiscalização. No total, foi verificado um sobrepeso de 26 toneladas.

O Peso Bruto Total é especificado pelos fabricantes em cada modelo de caminhão. Mesmo assim, veículos de carga que trafegam pelas estradas sobrecarregados são uma constante, apesar das fiscalizações rotineiras de órgãos de trânsito, com checagens nas balanças de pesagem e conferência de documentos, notas fiscais e limites previstos em lei para cada tipo de veículo.

O sobrepeso de carga potencializa o risco de acidentes por conta de fatores como dificuldades para manobrar o veículo e redução da capacidade de frenagem, especialmente nas descidas. Outro problema é o excesso de carga lateral, que em caso de ultrapassagem oferece o risco de resvalar com a lateral de outro veículo. No caso do desrespeito à altura regulamentada na via, a carga pode se chocar nos viadutos, nas passarelas ou nas placas de sinalização áreas localizadas sobre a via.

Capacidade

Indicador que mede a tonelagem transportada pela distância percorrida, como forma de analisar o esforço físico do veículo, o TKU – Tonelada de Cargas por Quilômetro Útil, chegou a 366 bilhões de toneladas na malha rodoviária brasileira, segundo anuário mais recente, divulgado em 2020, da Confederação Nacional do Transporte, com base no desempenho do modal em 2019. A movimentação, todos os dias, de 2,2 milhões de caminhões nas rodovias brasileiras, demanda a fiscalização para coibir a prática do excesso de carga ou do transporte em dimensões acima dos limites estabelecidos pela legislação de trânsito.

A segurança do transportador começa antes mesmo de completar a carga. É recomendado que a distribuição sobre os eixos seja equilibrada e a permitida por lei. Distribuir a carga igualmente e deixar a parte mais pesada no centro da plataforma também aumenta a segurança. Se sobrar espaço, o ideal é preenchê-lo para dar sustentação e estabilidade. Quanto maior o volume da carga excedida, há mais riscos de um pneu estourar ou provocar danos à estrutura do caminhão.

A acomodação da carga é determinante para a segurança do condutor e de outros usuários da rodovia. Deve ser fixada adequadamente para evitar que fique solta e possa cair na pista em curvas. Alguns tipos de carga como ferro, carvão e chapas de MDF, requerem atenção especial neste quesito por sua instabilidade.

Desrespeitar a norma pode pesar ainda mais no bolso. O artigo 231 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei nº 9.503/1997), prevê multa de R$ 130,16, com acréscimo de valor por peso excedente. A infração é de natureza média, com perda de quatro pontos na CNH.

 

Sobre a Eixo SP

A Eixo SP Concessionária de Rodovias administra o lote Pipa (Piracicaba-Panorama), malha com mais de 1.273 km de estradas que passam por 62 municípios da região de Rio Claro, no centro do Estado, até Panorama, no extremo oeste, na divisa com o Mato Grosso do Sul. O maior contrato sob supervisão da Artesp – Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo, terá investimentos na ordem de R$ 14 bilhões em obras de ampliação, conservação, além da modernização de serviços ao usuário. Mais informações acesse: www.eixosp.com.br.

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