O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que as vacinas da Pfizer chegam no Brasil nesta quinta-feira (29). O novo imunizante será inserido no Programa Nacional de Imunização junto com as vacinas Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan e a de Oxford, produzida pela AstraZeneca.
A vacina produzida pela Pfizer tem uma característica diferente e precisa ser armazenada em temperatura de menos 80 graus Celsius. Para isso é necessário ultracongeladores e caixas térmicas específicas para o transporte. Queiroga afirmou que o país tem capacidade para a logística das doses. “São doses prontas e o Ministério da Saúde já organizou toda logística para esta vacina, que tem uma peculiaridade em relação à cadeia de frio. Nós temos capacidade, sim, para aplicar a vacina da Pfizer com bastante segurança”, garante Queiroga.
O ministro falou durante a Comissão Temporária para a Covid-19 no Senado Federal. Na ocasião, o chefe da pasta da saúde reforçou a preocupação com a aplicação da segunda dose no país. “A segunda dose da Coronavac tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque há cerca de um mês se liberou as segundas doses para aplicação. Agora, em face do retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose. Como essa semana não temos previsão de chegada de vacinas do Butantã, vamos emitir uma nota técnica acerca desse tema”.
Durante a sessão, Marcelo Queiroga foi questionado sobre diversos assuntos, entre eles a aquisição da vacina por empresas brasileiras. A medida prevê que empresários furem a fila da vacinação. O ministro ressaltou que caso o parlamento dê o aval para a medida, o Ministério da Saúde vai acatar. “O Programa Nacional de Imunização, desde que nós tenhamos doses suficientes, tem condições de levar vacina para toda população brasileira com a sua capacidade. Mas se os senhores deputados e senadores entenderem que devem dispor de lei, todos nós temos que cumprir e o Ministério da Saúde será obediente às deliberações legislativas”.
O texto que facilita a compra de vacinas contra a Covid-19 pelo setor privado já foi aprovado na Câmara dos Deputados. Os senadores ainda devem avaliar a proposta, que pode ser modificada na Casa e enviada de volta para a Câmara, ou aprovada e ir direto para a sanção presidencial.
Por Luis Ricardo Machado Rede de Notícias Regional /Brasília Crédito da foto: Geraldo Magela/Agência Brasil