A semana começou com tempo estável em boa parte do centro-sul do Brasil devido à atuação de um sistema de alta pressão atmosférica (anticiclone) e que vem mantendo as noites mais frescas.

Instabilidades voltaram a provocar chuva do norte de MS ao interior da Amazônia devido às perturbações em altos níveis (cavados).

O destaque para esta semana é o desenvolvimento de uma área de baixa pressão sobre o Oceano Atlântico, na altura do litoral de São Paulo.

A Marinha do Brasil emitiu o primeiro aviso meteorológico de mau tempo, uma vez que há previsão de que esta área de baixa pressão rapidamente se transforme em um ciclone subtropical (quente e frio) nas próximas 24 horas, sendo, portanto, nomeado de “Potira”, seguindo a lista de nomes para ciclones subtropicais e tropicais que se formarem no Atlântico Sul.

Formação de Ciclones no Brasil

Os ciclones anteriores foram: Arani (2011) – Bapo (2015) – Cari (2015) – Deni (2016) – Eçaí (2016) – Guará (2017) – Iba (2019) – Jaguar (2019) – Kurumi (2020) – Mani (2020) e Oquira (2020). E os próximos a serem nomeados são: Potira – Raoni – Ubá e Yakecan.

Possível Furacão

Já o Met Office, principal centro de meteorologia do Reino Unido, com base em suas projeções, indica a possibilidade do ciclone se converter em um furacão, de categoria 1, na Escala Saffir-Simpson, nas próximas 48 horas.

Seria o segundo furacão documentado no Atlântico Sul, desde o “Catarina”, em 2004 e que deixou rastro de destruição entre o litoral norte gaúcho e o sul catarinense, com mortos, inclusive.
A trajetória, caso confirmado, é de que o sistema avance de norte para sudoeste, rumo ao litoral da Região Sul do Brasil, cujos impactos poderiam ser sentidos na faixa leste do PR, RS e SC, mas também no RJ e em SP.

Diagrama de sistemas de baixa pressão indicam o ciclone em sua fase de formação (A) já como um sistema tropical (quente em todas as camadas) (cor vermelha), passando rapidamente em sua meia vida para a fase subtropical (lilás) e terminando (Z) como um sistema puramente tropical (furacão).

Projeções iniciais mostram convergência para a intensidade e localização do sistema, o que será monitorado pela agência PDRadar para os próximos boletins.

Fonte: PDRadar / Daniel Panobianco

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