As 138 milhões de doses adquiridas pelo Ministério da Saúde das farmacêuticas Pfizer e
Janssen deverão chegar aos postos de saúde a partir de junho. A previsão da Pfizer é que
a entrega de 100 milhões de doses deverá ser feita no terceiro trimestre do ano. Já a Janssen prometeu mais de 16 milhões de doses até o fim de julho.

O Ministério da Saúde informou que 23.500 milhões de doses serão entregues até o fim do mesmo mês. O restante deverá ser incorporado ao Plano Nacional de Imunização até 30 de setembro.

O contrato de compra foi concluído nesta última sexta-feira, em meio a troca de
comando na pasta. Saiu o general Eduardo Pazuello e entrou o médico Marcelo
Queiroga.

Na semana que passou, a Fundação Getúlio Vargas entregou a primeira leva
de vacinas produzidas no país. Durante a cerimônia de entrega, o novo ministro da
Saúde ressaltou que o resultado da vacinação no Brasil deverá ser percebido a longo
prazo. “A campanha de vacinação, como a que nós já firmamos, os resultados em
relação à diminuição de internações e óbitos, isso é coisa que nós vamos ter a médio
prazo. Vamos trabalhar para conseguir homogeneizar a conduta assistencial do país
como um todo. Por exemplo as nossas UTI’s: nós temos que ter protocolos
uniformizados de assistência, temos que transferir as expertises dos grandes centros para
as unidades de terapia intensiva que estão nas cidades mais distantes, nos estados
menores, de tal sorte a utilizar recursos de tecnologia de informação e comunicação,
como telemedicina. É preciso garantir um atendimento mais pronto ao paciente, um
atendimento mais rápido para evitar que a doença progrida”.

A epidemiologista Ethel Maciel afirma que as vacinas da Pfizer e da Janssen estão atrasadas, mas que a chegada delas reforça o combate da doença no país. “O governo demorou muito a assinar esse contrato, fazer esse acordo, principalmente com a Pfizer, mas felizmente fez.

A vacina da Pfizer já foi aprovada pela Anvisa, é muito segura e eficaz. Nós estamos
acompanhando o resultado dela em vários países. A vacina da Janssen é uma vacina que
tem uma característica muito interessante para o Brasil, porque é de uma dose, é uma
vacina que pode ser conservada e distribuída à temperatura de geladeira. A vacina da

Janssen ainda não entrou com pedido de aprovação na Anvisa, deve fazer nos próximos
dias, mas foi aprovada pela FDA, que é a agência semelhante à nossa Anvisa nos EUA.
É uma notícia que chega tardia, mas mesmo assim devemos comemorar”, salienta. A
pandemia no Brasil segue com números alarmantes. A média de mortes em 24 horas já
ultrapassou mais de 2 mil vítimas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o
Brasil registra 290.314 mil mortes desde o início da pandemia e mais de 11.870 milhões
de infectados.

Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Crédito da foto: Bio-Manguinhos/Fiocruz

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