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REMDESIVIR – Anvisa anuncia a aprovação do primeiro medicamento para o tratamento da Covid-19

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Durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a aprovação do primeiro medicamento para o tratamento da Covid-19.

O Remdesivir já é usado de maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro do ano passado. O especialista em regulação e vigilância sanitária da Agência, Raphael Sanches, explicou que a Anvisa fez várias reuniões com a empresa responsável pela fabricação do remédio, e que todos os documentos e estudos foram apresentados.

Ele afirma que ainda existem pendências sobre a reação do medicamento, mas que a eficácia e a segurança estão confirmadas. “Também tivemos algumas conversas com a empresa no sentido de entender melhor. Como é um medicamento que está sendo desenvolvido com bastante celeridade também, muitos aspectos não estão totalmente fechados. Na análise de qualidade, o nosso principal papel é garantir a regra do jogo”, explicou Raphael, dizendo que o medicamento passou por um estudo clínico para garantir que ele tenha eficácia e segurança.

Renata Soares, gerente de avaliação de segurança da Anvisa, apresentou estudos feitos pela Agência que comprovam que os pacientes que tomaram o Remdesivir tiveram melhora no tratamento contra o novo Coronavírus. “Os pacientes no grupo do Remdesivir levaram, em média, dez dias para se recuperar, em comparação com quinze dias dos pacientes que não receberam o Remdesivir. Portanto, eles tiveram um tempo menor de recuperação e deixaram o hospital em menor tempo. Realmente o medicamento se mostrou com resultados melhores com relação aos pacientes que não receberam essa terapia”, ressalta Renata, complementando que em termos de segurança o produto foi bem tolerado e bem seguro.

Outro anúncio importante feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária durante a coletiva foi a aprovação da AstraZeneca como a segunda vacina contra a Covid-19 com registro definitivo no Brasil.

A primeira foi a Pfizer, que ainda não fez nenhum acordo de distribuição com Governo Federal.  A AstraZeneca já está sendo usada no país de forma emergencial, junto com a Coronavac.

Durante a coletiva, Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos da Anvisa, disse que a AstraZeneca passou por todas as fases de estudos e agora pode ser produzida no Brasil. Mesmo assim, ele reforçou que a fórmula segue em análise e que ainda existem incertezas sobre os riscos e os benefícios do medicamento. “A gente tem uma incerteza sobre eficácia e segurança no longo prazo, vamos precisar acompanhar isto. A eficácia em idosos é uma incerteza que precisaremos observar, temos maior incerteza em intervalos de doses mais curtas, então a recomendação é sempre seguir o intervalo de doses que vai estar previsto em bula, em populações especiais, como crianças, adolescentes, gestantes e indivíduos imunossuprimidos também é uma questão que temos que observar para ter certeza que a vacina vai ter esse desempenho, e também contra as novas variantes do Coronavírus”.

Sobre o medicamento para o tratamento da Covid, o Remdesivir, a Anvisa falou apenas da aprovação do uso, mas ainda não informou onde será fabricado, nem como será feita a distribuição e o uso no Brasil. O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e o seu nome comercial é Veklury. Trata-se de um medicamento sintético usado de forma intravenosa (injetado na veia) e age impedindo a replicação viral.

O que é o Remdesivir e como será administrado:

– É um antiviral usado de forma intravenosa (injetado) e não é vendido em farmácias;

– Ele funciona impendido replicação do vírus;

– No Brasil, será usado em adultos e adolescentes com mais de 40 kg, hospitalizados com pneumonia;

– Nos EUA, é usado desde novembro;

– Não poderá ser administrado em paciente que esteja em ventilação mecânica;

– Não substitui as vacinas contra a Covid-19.

Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Crédito da foto: Youtube/divulgação

 

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