A vacinação no Brasil alcançou, na sexta-feira (26), pouco mais de 3% da população do país. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias de saúde estaduais, no Brasil, 6.430,146 milhões de pessoas já receberam a primeira dose da vacina. A maior cobertura vacinal no país é no estado do Amazonas, com 5,62% da população. Já em número de doses aplicadas, o estado de São Paulo está na frente. Por lá, 2.273,818 milhões de doses foram aplicadas. Em Santa Catarina, 221.772 mil vacinas foram aplicadas, imunizando quase 3% da população. O Rio Grande do Sul já vacinou quase 4% e no Paraná a cobertura vacinal é de 2,58%. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que pretende vacinar, até o fim do ano, 170 milhões de brasileiros, o que representa 50% da população vacinável do país. A epidemiologista Ethel Maciel acredita que a vacinação está lenta e que o governo deve concentrar esforços, também, na contenção das novas cepas do vírus. “A evolução da vacinação é lenta, muito lenta, deveríamos estar vacinando 1 milhão, 1.300 milhão de pessoas por dia, mas a gente não tem doses para isto. O que faltam são doses de vacina, porque capacidade para vacinar nós temos”, explica Ethel, comentando que o papel do governo, neste momento, seria orientar a população, por exemplo, como estão fazendo os governos da Europa e dos Estados Unidos, orientando a população para utilizar máscaras com maior poder de filtração. “O governo deveria estar fazendo ações para diminuir a transmissão e efetivamente a gente precisaria de um lockdown para diminuir esta transmissão enquanto a nossa vacinação ainda não é tão rápida”. A epidemiologista, reforçou o que o governo poderia ter feito para que a situação hoje estivesse diferente. “Se o Governo Federal tivesse feito aquele acordo com a Pfizer em setembro, que entregaria para a gente 70 milhões de doses em dezembro, a nossa situação agora seria muito diferente. A gente veria uma diminuição do número de casos e de óbitos. Teríamos, neste momento, em torno de 30% da população vacinada com as doses do Butantan e da AstraZeneca. A gente poderia ter feito uma mescla de vacinas”.
Por Luis Ricardo Machado Rede de Notícias Regional /Brasília Crédito da foto: Bernardo Portella/Fiocruz Imagens