O dia 26 de fevereiro de 2020 ficará marcado na história recente do Brasil. Foi nesta data que o país registrou o primeiro caso de infecção pelo novo Coronavírus. Um ano depois, o país tem mais de 10 milhões de casos e cerca de 250 mil mortos por causa da Covid-19. Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde contou com três chefes. Luiz Henrique Mandetta foi o primeiro ministro. Médico por formação, ele ficou pouco mais de um ano à frente do Ministério. Em seguida, Nelson Teich, médico oncologista e consultor em saúde, assumiu o cargo e ocupou o posto por menos de um mês. Mas foi durante a gestão de Eduardo Pazuello, general do Exército e atual ministro da Saúde, que a esperança começou a surgir. Em janeiro deste ano, as primeiras doses da vacina Coronavac desembarcaram no Brasil. Hoje, quase 6 milhões de brasileiros receberam pelo menos a primeira dose do imunizante. Para o infectologista Hemerson Souza, a situação ainda é preocupante. “Quando nós vemos a taxa de ocupação nas UTI’s passando ou chegando aos 90%, é preocupante, sim. Pode acontecer de paciente que necessitem de tratamento intensivo não conseguirem este tratamento, evoluindo mal”, analisa Hemerson. Para tentar impedir avanços de novos casos, o Governo Federal vai liberar quase R$ 3 bilhões por meio de medida provisória. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (25). De acordo com a publicação, os recursos serão repassados ao Fundo Nacional de Saúde, à Fundação Oswaldo Cruz e ao Grupo Hospitalar Conceição, uma rede de hospitais do Rio Grande do Sul vinculada ao Governo Federal. Os órgãos serão responsáveis pela compra de leitos de UTI, respiradores, testes rápidos e pagamento de 55 mil profissionais da saúde. A medida pode desafogar os hospitais públicos. O repasse veio em boa hora. Apesar de mais de 1 milhão de pessoas imunizadas, os três estados da região Sul enfrentam a segunda onda do vírus. Entre as três capitais da região Sul, Porto Alegre passa pela situação mais complicada. A taxa de leitos de UTI disponíveis é de 97%. Isso significa que a cidade só tem mais 25 leitos nos hospitais. Durante entrevista o prefeito Sebastião Melo falou sobre a situação da Covid-19 na cidade. Ele esteve em Brasília nesta semana e conversou com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “Foi muito importante essa conversa, porque nós precisamos, sim, de um aval do Governo Federal para ampliar os leitos de retaguarda, os leitos de Covid, a compra de respiradores, de testes e de tudo aquilo que for necessário para salvar vidas. Eu acredito na palavra política. O ministro disse: prefeito, o senhor tem autorização para encaminhar as necessidades e o Ministério vai atender”, comemorou.
O prefeito disse ainda que vai adotar mais medidas de segurança, mas não vai esquecer da economia da cidade. “Nenhum passageiro em pé será permitido nos ônibus de Porto Alegre. Nós vamos ampliar os ônibus nos horários de pico da cidade e ainda hoje vamos chamar uma reunião com os setores produtivos da cidade para ver a possibilidade de horários diferenciados de funcionamento das atividades”.
A ajuda do Ministério também pode evitar um colapso na saúde das capitais Florianópolis e Curitiba.
Por Luis Ricardo Machado Rede de Notícias Regional /Brasília Crédito da foto: Alex Pazuello/Semcom