O novo aumento dos combustíveis, anunciado pela Petrobras, tem gerado incômodo em diversos setores do país. A estatal brasileira anunciou o quarto aumento consecutivo neste ano. Se somada as altas desde o início de 2021, a Gasolina acumula um crescimento de 34,78% e o Diesel uma alta de 27,72%. Segundo a Petrobras, o novo reajuste já começa a valer nesta sexta-feira (19).

Na ponta da linha, o consumidor brasileiro amarga preços mais caros na hora de abastecer o carro. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do litro da Gasolina nas bombas chega a R$ 4.83. Porém, em algumas regiões do país, o litro já se aproxima de R$ 6. O Diesel, principal combustível para o transporte de cargas e de passageiros no país, tem preço médio, na bomba, de acordo com a ANP, de R$ 3.87 o litro. O valor dos combustíveis no país acompanha uma alta mundial do petróleo.

O economista Roberto Piscitelli explica como esta alta reflete aqui no Brasil. “Ocorre que as variações de preços são frequentes, podem ocorrer a qualquer momento. Elas ocorrem não só por influência da cotação do dólar, mas, também, em função dessas oscilações no preço internacional do petróleo. Ultimamente os aumentos têm sido frequentes e consideráveis, e isto impacta fortemente o custo de vida, especialmente em um país que tem a estrutura de transportes do Brasil”.

Para Piscitelli, o governo brasileiro pode intervir na alta dos combustíveis. A ideia seria frear os reajustes consecutivos desencadeados pela Petrobras. “Poderia se estabelecer intervalos mínimos, períodos, dentro dos quais se assegurasse a manutenção do preço em reais. Isso poderia dar mais previsibilidade ao preço dos combustíveis e derivados, e se houvesse um intervalo mínimo para os reajustes, haveria compensações diante do fato de que o preço pode aumentar ou cair no mercado internacional”, salienta.

Um dos setores mais afetados pela alta do combustível é o de transportes do país. Os caminhoneiros chegaram a ameaçar uma greve neste ano, mas a manifestação não aconteceu.

Em nota, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava) cobrou do presidente Jair Bolsonaro a promessa de redução de impostos federais para frear a alta dos combustíveis. Na nota, a Associação também cobra, dos governadores estaduais, posicionamento sobre o assunto.

O Governo Federal chegou a anunciar um projeto de fixar o preço do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto é uma das principais fontes de renda dos governos estaduais.

Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Crédito da foto: Divulgação

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