A desigualdade de renda no Brasil diminuiu em 2022, mas ainda há um enorme abismo.
É o que mostram dados do IBGE.
Os números referentes a 2022 indicam que a renda média real domiciliar per capita da metade mais pobre da população brasileira subiu 18% em comparação com 2021, chegando a R$ 537 mensais.
Mas, ainda assim, significam cerca de 107 milhões de brasileiros sobrevivendo com menos de R$ 20 por dia no ano passado.
Já os 5% mais pobres no País, que beiravam 11 milhões de pessoas em 2022, tinham R$ 87 mensais para sobreviver.
São pessoas que contavam com menos de R$ 3 por dia para bancar gastos básicos, como alimentação, moradia e saúde.
Já no topo da pirâmide social, onde estão 1 em cada 100 dos mais rico da população, a renda média mensal por pessoa no ano passado, ainda de acordo com os números do IBGE, foi de R$ 17.447 em 2022, o que equivale a uma renda média real mensal 32,5 vezes maior que o rendimento da metade mais pobre da população.
Melhorou em relação a 2021, quando essa distância era de 38,4 vezes, mas nada que sugira um patamar de igualdade.
O índice de Gini, que é um indicador internacional, que varia de 0 a 1 e mede a desigualdade de renda em um país, recuou, no Brasil, de 0,544 em 2021 para 0,518 em 2022.
Nessa escala, quanto mais perto de 1 fica o resultado, maior é a concentração de riqueza.
Entre 2021 e 2022, o índice de Gini caiu em todas as regiões brasileiras.