Por Juliana Dorigo*
Com o Dia das Mães se aproximando, é importante lembrar que as mulheres e mães têm ganhado cada vez mais atenção no mundo corporativo. Estudos têm mostrado a importância de políticas que apoiem a participação feminina no mercado de trabalho e incentivem a igualdade de oportunidades.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas revelou que, nos últimos anos, o número de mulheres empregadas tem crescido significativamente, mas ainda há desafios a serem superados considerando os números alarmantes da desigualdade de gênero no ambiente profissional.
Antes do nascimento de um filho, sete em cada 10 homens em idade ativa estão no mercado de trabalho, enquanto menos da metade das mulheres nessa mesma situação participam. Com a chegada de um bebê, essa desigualdade mais do que dobra, chegando a quase 50 pontos percentuais. Além disso, a participação feminina no mercado de trabalho continua abaixo da dos homens ao longo da vida da criança e leva cerca de 18 anos para recuperar as posições perdidas.
Na Paschoalotto, temos desenvolvido iniciativas pioneiras no sentido de dar prioridade para mães com filhos em idade escolar que desejam retornar ao mercado de trabalho. Sabemos que muitas mulheres acabam deixando a carreira de lado por conta da maternidade e, muitas vezes, se sentem inseguras em relação a um possível retorno.
Nesse sentido, implementamos um programa para dar prioridade às mães com filhos em idade escolar, oferecendo oportunidades de trabalho home office, o que permite conciliar as demandas profissionais e familiares. Esse sistema permite que todas as atividades sejam exercidas na própria casa do funcionário, sem a necessidade de ir até a empresa, ao contrário do modelo “híbrido”, em que o funcionário divide a rotina do expediente entre sua casa e a empresa.
Acreditamos que essa abordagem é importante não apenas para as mulheres, mas também para a empresa, que pode contar com colaboradoras mais motivadas e engajadas. Prova disso é que a iniciativa tem sido elogiada por várias colaboradoras e contribuído para a construção de uma cultura mais inclusiva e diversa dentro da organização.
Profissionais como Daiane Priscila Donato Ferreira da Silva e Michele Beder relatam que trabalhar na empresa tem sido uma experiência extremamente gratificante, principalmente em relação à flexibilidade de horários e à possibilidade de conciliar o trabalho com a maternidade. Elas afirmam que a Paschoalotto tem proporcionado benefícios que jamais imaginaram ser possível conseguir, especialmente com filhos pequenos.
Assim, quero evidenciar o quanto é fundamental que as empresas reconheçam a importância das mães no mercado de trabalho e desenvolvam iniciativas para garantir a inclusão e o sucesso dessas profissionais. Afinal, a maternidade não pode ser vista como um obstáculo para o desenvolvimento da carreira feminina.
Por isso, neste Dia das Mães, convido a todos a refletir sobre a importância das mães no mundo corporativo e a importância de promover políticas que incentivem a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento profissional das mulheres.
