Urologista acende alerta para doenças sexualmente transmissíveis no Carnaval

Vídeo release disponível em: https://drive.google.com/file/d/1H22OCtBild_zE3VobEpcpNOUI7nvkYKW/view?usp=sharing

Entra ano, sai ano, a preocupação com doenças e infecções sexualmente transmissíveis (DSTs e ISTs) se intensificam durante o Carnaval e começam as campanhas de prevenção. Em sua última pesquisa sobre o tema, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que apenas 22,8% de brasileiros acima de 18 anos usam preservativo durante as relações sexuais. Ou seja, aproximadamente 26,6 milhões de pessoas.

Outro dado importante vem do Ministério da Saúde: entre jovens de 15 a 24 anos, apenas 56,6% usam camisinha. Por isso é cada vez mais importante conhecer quais são essas doenças e infecções, assim como os cuidados que é preciso ter para se prevenir e não precisar deixar de lado os momentos de diversão.

“As doenças mais comuns são as verrugas genitais, a sífilis e a gonorréia, que causa uma inflamação na uretra com corrimento bem característico. Em segunda ordem, mas não menos importante, temos a herpes genital, a pediculose, a escabiose e a tricomoníase. Outras menos comuns são a infecção pelo HIV, o linfogranuloma venéreo, conhecido como bulbão, a donovanose, e as hepatites B e C”, explica o médico urologista Heleno Diegues Paes.

Ele afirma que a melhor maneira de prevenção das DSTs ainda é usar camisinha em todas as relações sexuais, seja vaginal, anal ou oral, e faz um alerta: “Mesmo com o uso de preservativo, é possível contrair algumas doenças como as verrugas genital e a herpes genital, desde que haja lesões em áreas não cobertas”.

Outras maneiras de se proteger consistem em evitar a promiscuidade, ou seja, a troca frequente de parceiros sexuais. Até porque, elas podem ser transmitidas por qualquer pessoa, mesmo as que aparentam ser saudáveis.

O Dr. Heleno destaca ainda que o contágio de algumas ISTs não acontece exclusivamente pelo sexo. Por exemplo, é possível contrair HIV, sífilis e hepatites por transfusão sanguínea, ou pediculose e escabiose por meio do contato com roupas contaminadas.

Mas e quem teve uma relação desprotegida, deve se preocupar? O urologista é direto: “se foi uma relação de risco, por exemplo, com profissionais do sexo, ou com pessoas sabidamente promíscuas, ou ainda, com lesões genitais visíveis, o melhor a fazer é procurar um médico. O profissional irá solicitar sorologias daquelas doenças que podem não manifestar sintomas em estágios iniciais. Basicamente testamos o HIV, a sífilis e as hepatites B e C. Também é possível fazer tratamento profilático com anti-retrovirais quando há risco de exposição ao HIV”.

Assim, não há segredo! O especialista diz que, para curtir o Carnaval com segurança, a dica é fazer sexo sempre com camisinha, manter a boa hidratação e cuidado com uso de álcool e drogas, e claro, qualquer sinal estranho procurar um médico de confiança.

Sobre Heleno Paes

Santista de nascimento e criação, começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.

Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.

Nesse período, fez cursos em microcirurgia, videolaparoscopia e outros relevantes para sua formação. Atualmente, atua como médico assistente das subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do Hospital Santa Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também preceptor do internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de Medicina Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório, onde dedica todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.

 

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