Campeonatos paralisados, estádios vazios e lendas que se foram. 2020 não foi um ano bom para o esporte (e foi para alguém?). Com a pandemia da Covid-19, um ano que era pra ser repleto de eventos que cativariam seu lugar no panteão histórico do esporte, afinal seria ano de Olimpíadas, se tornou em um calendário espaçado, pontuado pelos momentos em que o esforço de continuar tentou vencer o vírus mesmo sem um dos seus principais elementos: O torcedor.
Testemunhamos a consagração de grandes ídolos, como o piloto britânico Lewis Hamilton que se tornou o maior vencedor da história da F1, e demos um dolorido adeus para dois dos maiores que o esporte, qualquer esporte, já viu. Relembre abaixo o que aconteceu no ano:
Despedidas
Logo no primeiro mês do ano, o mundo perdeu o ex-jogador norte-americano de basquete Kobe Bryant, aos 41 anos. Kobe, ou The Black Mamba como era conhecido, morreu em um acidente de helicóptero ao lado de sua filha, Gianna, de 13 anos.
Na outra ponta do calendário, já ao fim de novembro, o mundo se despediu da genialidade de Diego Armando Maradona. “El Pibe”, como era conhecido, morreu aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória semanas após se submeter a uma cirurgia na cabeça.
Astro da seleção argentina por quatro copas do mundo (de 1982 a 1994) e por muito tempo o único a ser alçado ao nível de Pelé, o autor do icônico gol conhecido como “Mão de Deus” deixou uma Argentina em profundo luto pela morte do seu maior orgulho nacional.
Parte do imaginário popular como Maradona, o italiano Paolo Rossi, que vive na mente de muitos senão todos os brasileiros que acompanharam a copa de 1982, foi outro que nos deixou neste mês de dezembro. O atacante campeão do mundo pela “Azurra” faleceu aos 82 anos.
Adiamentos
Até março de 2020, mais precisamente no dia 24, os Jogos de Tóquio estavam confirmados para acontecerem no período de 24 de julho a 9 de agosto de 2020. Porém, a pandemia forçou os organizadores do maior evento esportivo do planeta a tomarem uma decisão drástica e adiarem o acontecimento máximo da celebração esportiva. Agora, o evento está programado para o período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.
Campeonatos foram paralisados mundo afora e mexeram com o calendário de seus países. Com seu início marcado para março, o campeonato Brasileiro só foi começar em agosto diante da dificuldade dos governos locais de gerir eventos de grande porte, como jogos de futebol, em meio ao quase colapso dos sistemas de saúde. Após muita pressão o futebol, e outros esportes pelo mundo, voltou. Qual foi o preço?
Sem grito de gol
Arquibancadas vazias, atmosfera nula dependendo de austeras manifestações transmitidas por caixas de som e torcedores enclausurados em frente as suas telinhas. A pandemia, além das vidas ceifadas, cobrou um custo caro para aqueles que tentaram seguir com as atividades da forma possível próxima da normalidade.
Com a ausência de público nos estádios, o futebol foi privado de um dos seus principais elementos. A noção de que torcedores são mais do que os números de ingressos vendidos, nunca foi tão forte novamente após o fenômeno das arenas do que em 2020. Um esporte sem torcida é um esporte sem entusiasmo. Que em 2021, os gritos retornem para o seu lugar.
Fonte: A Tarde