A Prefeitura de Marília, por meio das Secretarias de Cultura e Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, inaugura nesta sexta-feira, 28 de outubro, às 18h as novas instalações do Museu de Paleontologia e da Galeria de Artes no Complexo Cultural Braz Alécio (Av Sampaio Vidal, 245 – prédio que anteriormente abrigava a Biblioteca).
Para inaugurar a Galeria de Artes, a Secretaria da Cultura realizará uma exposição de telas do Artista plástico Braz Alécio, que dá o nome ao Complexo.
A reforma do Museu de Paleontologia contou com verba do Governo Estadual depois que Marília conquistou o título de MIT (Município de Interesse Turístico), através do trabalho da Secretaria de Trabalho Turismo e Desenvolvimento Econômico em parceria com o COMTUR, Conselho Municipal de Turismo.
Já a reforma completa do prédio do novo Centro Cultural contou com a ajuda de empresas marilienses, como a Marilan, Menin Engenharia, Cola Bem, Maripav, Construtora LEI, Grupo Amaralina, entre outras, além de recursos municipais viabilizados através da Secretaria da Cultura.
“O nosso Museu de Paleontologia é uma das referências de Marília e a sua reestruturação se fazia necessária, melhorando todas as instalações para atrair ainda mais visitantes. Entregamos o museu totalmente remodelado e agradeço a todos que se empenharam para que essa remodelação se tornasse realidade. Comemoramos também a entrega das novas instalações da Galeria Municipal de Artes, que é importante aparelho de difusão das artes plásticas e visuais”, disse o prefeito Daniel Alonso.
Segundo o secretário da Cultura, André Gomes, a inauguração nas políticas públicas municipais, pois reabre à população importantes aparelhos culturais.
“Este é um momento muito importante para Cultura e Turismo de Marília. Estamos entregando o Museu de Paleontologia e Galeria de Artes totalmente repaginados e em melhores condições para receber o público. Nesse sentido, vai de encontro com nossa política de ampliar o acesso da população Às manifestações culturais. O Complexo Cultural leva o nome de nosso artista maior, Braz Alécio, uma justa homenagem a um homem que dedicou sua vida às artes, em especial à cidade de Marília; esse homenagem é extensiva à sua esposa Olinda Alécio, que foi fundamental na trajetória artística de Braz Alécio”, disse André.
Após a inauguração, o público poderá também curtir o evento “1º Encontro de Cultura e Artes”, promovido pelo Sindimmar em parceria com a Secretaria da Cultura. O evento contará com shows de grandes artistas marilienses: Jaci Furquim e Grupo Cartola Branca e Eliana Jardim canta Negritude Brasil.
BRAZ ALÉCIO
O Complexo Cultural é localizado no edifício denominado com a inscrição e insígnia “Gymnasium”, e recebeu, por meio da Lei nº 8.887 de 02 de setembro de 2022, a denominação “Complexo Cultural Braz Alécio” em homenagem ao artista plástico mariliense.
Artista plástico, poeta e professor, Braz Alécio nasceu em Marília no dia 20 de Junho de 1929, dois meses depois de a cidade ser emancipada.
Filho de Rinaldo Alécio e Aurora Rojo, o mariliense foi o 12° registrado em Marília, sendo um dos pioneiros junto com seus nove irmãos. Acompanhou de perto o crescimento da cidade.
O artista teve infância simples, mas com a arte sempre presente desde a escola, onde desenhava. E foi por causa dos seus desenhos que ele ganhou uma bolsa e aos 17 anos mudou-se para São Paulo para estudar no Museu de Artes Plásticas.
Casou-se em 1953 com Dona Olinda, com quem teve dois filhos, Adilson e Ruth.
Durante o período que ficou fora de Marília, o artista teve contato com grandes exposições e teve aulas com Candido Portinari entre outros artistas renomados. Também se dedicou à atividade de arte-educador.
O artista plástico realizou mais de 150 exposições por todo o Brasil e tem telas no exterior, levando o nome da cidade de Marília por onde passava.
No ano de 2005, Braz Alécio, parou de ministrar aulas, devido ao fato dele ser portador de Alzheimer, uma doença degenerativa, que tem como sintoma mais comum a perda de memória.
Faleceu aos 89 anos em 16 de Janeiro de 2019.
Galeria de Artes
A Galeria Municipal de Artes terá um amplo espaço destinado a abrigar exposições temporárias individuais ou coletivas de artistas plásticos, escultores e fotógrafos de Marília e de outras cidades, exposições de acervo próprio.
A Galeria contará ainda com reserva técnica para abrigar o acervo e sala administrativa. Os espaços expositivos contarão com climatização e projeto de iluminação próprio para estes locais.
Museu de Paleontologia
Inaugurado em 25 de novembro de 2004, o Museu de Paleontologia de Marília foi estimulado pelas descobertas do paleontólogo William Nava, que em abril de 1993 descobriu, no leito de uma estrada vicinal adiante do distrito de Padre Nóbrega, o primeiro fóssil de um dinossauro em Marília, um fragmento de escápula (osso da cintura escapular) medindo aproximadamente 80 cm de comprimento, que pertenceu a um Titanossauro.
Os titanossauros foram animais herbívoros, quadrúpedes, que viveram no final do período Cretáceo, entre 66 e 80 milhões de anos. Essa primeira ocorrência de um dinossauro surpreendeu os pesquisadores (até então Marília não tinha nenhum registro efetivo de dinossauros) e mostrou que a região poderia ter potencial para novas descobertas.
Nava deu sequência às escavações ao longo dos anos, e trouxe à luz diversos outros fósseis, não apenas de dinossauros, mas também de pequenos crocodilos. A composição deste acervo propiciou a criação do Museu de Paleontologia e deu à Marília a condição de região rica em vestígios da época dos dinossauros, tendo Nava como seu coordenador e curador dos fósseis encontrados.
Às vésperas de completar 18 anos de sua inauguração, o Museu de Paleontologia de Marília é hoje um espaço científico e turístico conhecido em todo o Brasil.
A obra foi executada pela Construtora EPC, vencedora do processo licitatório. A remodelação do Museu de Paleontologia consiste em novas vitrines para o acervo, iluminação adequada, paredes em gesso, ar condicionado, sistema de som, adesivos ilustrativos e réplicas de dinossauros, além de tecnologias que foram desenvolvidas pela empresa Sala 33, o que garantirá melhor interação do público com a história dos dinossauros.
A réplica do Dino Titã fica na área externa do museu tem 3,90m de altura por 12m de comprimento, pesa quase 1.000 kg e demorou 120 dias para ser confeccionada. Já a réplica do Abelissauro tem 1,80m por 4m de comprimento e fica dentro do Museu – ela ficou pronta em 90 dias. As esculturas foram confeccionadas pelo paleoartista Anilson Borges dos Santos.
O investimento é de aproximadamente R$ 380 mil e foi garantido através de convênio com o Dadetur (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turístico do Estado de São Paulo), em razão de Marília ter sido classificada em 2019 como Município de Interesse Turístico. É um recurso do governo estadual exclusivamente para ser aplicado na atividade turística das cidades.
“Com essa reforma, o Museu de Paleontologia, que já é referência para todo o estado e o país, receberá ainda mais visitantes, o que beneficia todo o trade turístico, gerando renda e emprego”, disse o secretário municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Nelson Mora.
Fotos: Mauro Abreu e Wilza MAtos