Em 2021, o Brasil deu início à participação no mercado de maçãs da Colômbia, exportando 1,3 toneladas
Apresentar os principais requisitos de acesso a mercado para maçãs frescas (SH6 080810), na Colômbia, de forma sucinta e direta. Esse é o objetivo do estudo de Acesso de Mercado: “Maçãs na Colômbia”, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ApexBrasil e adidos agrícolas brasileiros.
Segundo a publicação, a importação de maçãs está em crescimento no mercado colombiano, com um crescimento médio anual de 4,5% entre 2017 e 2021, apesar de queda registrada em 2019. Dentre os principais exportadores do produto para aquele país, estão Chile, Estados Unidos, França e Itália. Em 2021, o Brasil deu início à participação no mercado de maçãs da Colômbia, exportando US$ 871,7 mil, equivalente a 1,3 tonelada.
“O estudo visa auxiliar os exportadores brasileiros de maçã no acesso ao mercado colombiano, oferecendo informações como preços praticados, exigências fitossanitárias para ingresso do produto, custo de frete, principais centros de consumo e compradores”, explica o adido agrícola em Bogotá, Marcus Vinicius, autor da publicação.
Além de trazer informações sobre exportação, o estudo mostra dados sobre o quadro regulatório, com instituições relevantes de fitossanidade; perfil tarifário, principais regulamentos e normas, logística, comercialização, promoção, possíveis contatos com distribuidores e importadores, dentre outros destaques.
O material apresenta também questões fitossanitárias que o produtor deve observar na condução das lavouras e na pós-colheita dos frutos com potencial de exportação para a Colômbia. Já o exportador se beneficia de uma melhor compreensão do mercado colombiano e dos possíveis custos associados às transações, o que permite uma melhor elaboração da sua oferta de exportação, assim como auxilia nas estratégias de promoção e posicionamento do produto no país junto aos diferentes compradores colombianos.
O coordenador de Acesso a Mercado da ApexBrasil, Gustavo Ferreira Ribeiro, destaca que esse mercado se encontra destravado para as maçãs frescas brasileiras, além de não haver cotas ou regras especiais para a mercadoria. “Isso, minimamente, iguala seu potencial competitivo frente aos seus principais concorrentes. Do ponto de vista de requisitos, aplicam-se aqueles mais gerais, com atenção, sim, às questões fitossanitárias que devem ser cumpridas e são indicadas no estudo”, disse.
Os principais centros consumidores da Colômbia são Bogotá, Medellín e Cali, os quais concentram cerca de 60% da população e 75% da atividade comercial, de acordo com os dados do documento. A movimentação de mercadorias dos portos marítimos aos centros de distribuição e consumo no país ocorre, principalmente, pelo modal terrestre (75%), que apresenta baixa capacidade de carga e custos relativamente elevados.
O documento faz parte de uma série de estudos sobre mercado. Foram selecionados 18 mercados para a elaboração de estudos de novos mercados abertos, que serão lançados ao longo de 2022, com oportunidades de exportação em países como Arábia Saudita, China, Colômbia, Egito, México e Tailândia.
Já foram publicados os estudos de mercado para Castanhas e Pescados para a Arábia Saudita. Em breve, serão publicados: Gergelim (Índia); e Lagostas e Pintos de Um Dia (Marrocos).
Primeira exportação
A maçã brasileira começou a ser exportada para a Colômbia em 2021, depois de mais de cinco anos de tratativas entre o Mapa e as autoridades sanitárias daquele país. A primeira carga embarcada foi da cultivar Royal Gala e teve cerca de 41 toneladas.
Estima-se que o consumidor colombiano consuma, em média, 1,8 kg de maçã, por ano, valor inferior ao comparado a outros países como os Estados Unidos (17 kg) e o Brasil (4,8 kg).