Artigo teve como base a “Capacitação multiprofissional sobre a malformação congênita da fissura labiopalatina” promovida pela FEMA em 2021 e contou com alunas de Enfermagem e Fisioterapia. Em breve a pesquisa também se tornará um ebook educativo
As alunas do 4º ano dos cursos de graduação em Enfermagem e Fisioterapia da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) e Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis (IMESA), Thais Sales Izidoro, Jaqueline Barros da Silva, Jéssica Betoni de Almeida Custodio e Maísa Rodrigues Misael Vilas-Boas tiveram o artigo do Projeto de Iniciação Científica (PIC) publicado na última edição da Revista Studies In Education Science, disponível desde janeiro para visualização.
O artigo é resultado da “Capacitação multiprofissional sobre a malformação congênita da fissura labiopalatina” promovida pelas professoras do curso de Enfermagem, Dra. Talita Domingues Caldeirão, Dra. Luciana Pereira Silva e a professora do curso de Fisioterapia, Dra. Cássia Regina Saade Pacheco, no primeiro semestre de 2021, que contou com especialistas do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP de Bauru (HRAC-USP).
De acordo com a professora de Fisioterapia da FEMA, Dra. Cássia Regina Saade-Pacheco, a pesquisa surgiu da necessidade da preparação de profissionais no atendimento de fissuras de lábio e palato, e da divulgação do serviço do HRAC- USP de Bauru e, a partir da pesquisa – que reuniu profissionais especialistas no tema – foi elaborado um e-book para familiares e profissionais. “Muitas crianças realizam cirurgias e voltam para suas residências e precisam ser assistidas por profissionais, em suas cidades. Enfermeiros, para curativos, fonoaudiólogos para o desenvolvimento da fala e o fisioterapeuta no auxílio do processo de cicatrização e da mobilidade da cicatriz. O que esperamos com este estudo é que o e-book possa mostrar às mães e familiares das crianças com fissura de lábio e palato que não estão desamparados”, conta a professora.
A professora de Enfermagem, Dra. em tocoginecologia, Talita Domingues Caldeirão, ressalta que todo o processo de desenvolvimento do trabalho foi muito positivo para todas as envolvidas, “esse trabalho foi bem interessante, pois envolveu essa parceria entre a Fisioterapia e a Enfermagem e começou quando realizamos um online no primeiro semestre do ano 2021, ainda com picos de casos de covid-19, e no meio de tudo aquilo nós realizamos essa capacitação que serviu tanto para familiares quanto para profissionais de saúde, em que aprendemos como lidar com a família, como abordar o assunto, como falar sobre os cuidados que envolvem a enfermagem e a fisioterapia e muitos outros pontos trazidos pelos especialistas do Centrinho e por depoimentos, como o que ouvimos de uma mãe que vive a experiência de ter uma criança com má formação craniofacial. Então, eu tenho plena convicção de que toda a experiência que tivemos ao longo do desenvolvimento deste trabalho foi muito positiva, tanto para as alunas quanto para nós, professoras”, conclui Talita.
Para a Dra. em Imunologia e Parasitologia Aplicadas e professora do curso de Enfermagem da FEMA, Luciana Pereira Silva, o trabalho desenvolvido trouxe bons resultados e evidenciou a importância do trabalho em conjunto das áreas de Enfermagem e Fisioterapia. “Este projeto concedeu bolsa científica no Programa de Iniciação Científica (PIC), gerou um artigo científico, um ebook que em breve será disponibilizado no site da FEMA e, além de tudo isso, trouxe experiências das aulas de genética. Com esse trabalho, pudemos visualizar a interdisciplinaridade entre os cursos de Enfermagem e Fisioterapia, pois não dá para só o médico ou o enfermeiro cuidar de um paciente com fissuras de lábio e palato. Esse deve ser um exercício em conjunto, de várias mãos envolvidas, como fonoaudiólogo, fisioterapia, enfermeiro, médico e o nutricionista”, cita a professora.
A coordenadora do curso de Enfermagem da FEMA, professora Dra. Adriana Avanzi Marques Pinto, parabeniza a publicação do artigo das alunas e reitera o compromisso da FEMA com a pesquisa, “é sempre uma honra e um orgulho ver onde nossos alunos podem chegar através da pesquisa e dos trabalhos desempenhados por eles ao longo da graduação, por isso é tão importante que nossos alunos sejam incentivados a participarem de projetos de iniciação científica e isso é algo que nós, tanto da Enfermagem quanto da Fisioterapia, temos feito”, finaliza a coordenadora.
Maria Eulália Baleotti, professora Mestra e coordenadora do curso de Fisioterapia da FEMA, declara que, para coordenação, o PIC de maneira interdisciplinar traz consigo uma riqueza de experiências para os alunos de Fisioterapia da FEMA. “Eles desenvolvem a pesquisa aprendendo juntos sobre as atuações de todos os componentes da equipe na resolução de situações de saúde, e essa visão ampla beneficia a comunidade por ter vários olhares. No caso desse e-book, que será desenvolvido para uma população específica, faz com que as famílias de indivíduos com fissura labiopalatal se sintam amparadas e esclarecidas. Do ponto de vista pedagógico, o aluno aprende o ‘fazer junto’, com atenção voltada para o paciente e com práticas colaborativas”, diz Maria Eulália.
O artigo “Capacitação multiprofissional sobre a malformação congênita da fissura labiopalatinas” está disponível para leitura no link.