(Fonte: CNNBrasil)

alopecia é uma condição autoimune associada à queda de cabelos ou pelos do corpo, tanto de homens como de mulheres, que pode ser causada por diversos fatores. A atriz Jada Pinkett Smith, esposa do ator Will Smith, decidiu adotar os cabelos raspados por conta do distúrbio.

Neste domingo (27), Will Smith agrediu o comediante Chris Rock com um tapa no rosto durante a cerimônia de premiação do Oscar 2022, realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos. Rock fez uma piada envolvendo a cabeça raspada da esposa de Smith.

Na edição desta segunda-feira (28) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes abordou as principais características da alopecia.

“As causas podem ser genética, inflamatórias ou relacionadas ao estresse. Nós temos os tipos androgenética e areata. A androgenética é muito comum nos homens, essa condição que as entradas vão ficando mais proeminentes, a coroa vai ficando mais rala”, explica.

“A areata é aquela condição em que o sistema imunológico de alguma maneira reconhece o folículo piloso e acaba atacando ele, levando à perda de cabelo em regiões específicas ou até mesmo de uma forma mais difusa, tem uma grande correlação com situações em que existam estresse ou condições neuropsiquiátricas”, completa Gomes.

Alopecia areata

A alopecia areata é uma doença inflamatória que provoca a queda de cabelo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, diversos fatores estão envolvidos no  desenvolvimento, como a genética e a participação autoimune.

As características da condição variam de acordo com cada pessoa. A extensão da perda capilar pode ser maior ou menor para cada paciente. Em casos raros de alopecia areata total, o indivíduo perde todo o cabelo da cabeça. Já na alopecia areata universal, caem os pelos de todo o corpo.

Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. O sintoma básico é a perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, quando os os cabelos nascem novamente podem ser brancos, retornando depois à coloração normal.

O tratamento pode ser realizado com medicamentos como minoxidil, corticoides e antralina, de maneira associadas a tratamentos mais agressivos como sensibilizantes (difenciprona) ou metotrexate. A escolha por cada tipo de intervenção deve ser realizada pelo médico com o objetivo de controlar a doença, reduzir as falhas e evitar o surgimento de novas.

“Medicamentos orais de alguma forma estimulam o fluxo sanguíneo nessa região e também a recuperação do folículo piloso; remédios tópicos, como substâncias anti-inflamatórias ou que acabam interferindo na conversão do hormônio na cabeça, e psicoterapia, tendo em vista que nem sempre tem esse resultado de maneira rápida e satisfatória”, explica Gomes.

Como as causas são desconhecidas, não há formas de prevenir a condição. Embora a doença não seja clinicamente grave, pode afetar o estado emocional, indicando a necessidade de busca por atendimento psicológico.

Alopecia androgenética ou calvície

A alopecia androgenética, nome técnico da calvície, está relacionada à queda de cabelos geneticamente determinada. Homens e mulheres são afetados pela calvície, que se torna mais aparente a partir dos 40 ou 50 anos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos.

O cabelo mais ralo é o principal sintoma da calvície. Nos homens, as áreas mais abertas são a coroa e a região frontal, conhecida como as típicas “entradas”. Nas mulheres, a região central é mais acometida.

O tratamento pode ser feito com produtos que estimulam o crescimento dos fios, como o minoxidil e bloqueadores hormonais, com o intuito de interromper o processo e recuperar parte dos cabelos.

Os bloqueadores hormonais são medicamentos orais, incluindo a finasterida no caso dos homens e anticoncepcionais, espironolactona e ciproterona para mulheres.

Apesar de genética, fatores podem piorar a calvície, como a menopausa e o uso de suplementação de hormônios masculinos.

 

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