Produtores de café investem cada vez mais em grãos especiais e no conceito da fazenda à xícara do consumidor

 

O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água. O crescimento do consumo da categoria especial vem chamando a atenção nos últimos anos pois está atrelado também à procedência e à qualidade do produto. O grão, que vem direto da fazenda e que passa pelo crivo de diversos profissionais até chegar à xícara, está cada vez mais valorizado.

Por ser uma cultura perene e de safra anual, a cada ciclo novos consumidores têm acesso e têm se interessado pelos sabores daqueles grãos colhidos na fazenda, com processamentos, variedades e cuidados específicos. O momento agora é de nova safra em todas as regiões do Brasil.

Mas como o mercado de café chegou a este ponto de alto consumo e interesse do consumidor?

Muitos são os fatores que culminaram nessa realidade atual, mas o principal deles é o desenvolvimento de pesquisas e técnicas no campo que levaram o Brasil a ser essa referência mundial. É importante e essencial para o futuro da cafeicultura resgatar as histórias de quem contribui para esse avanço do mercado de café no mundo.

A história da Boa Vista do Anil começou em 1972 com Fernando Cruz Neto, um dos principais nomes da cafeicultura brasileira. Fernando casou-se com Eneida Carvalho Ferraz e iniciou o primeiro plantio de café em escala comercial do município de Dom Viçoso em sociedade com seu sogro, Pedro Carlos Junqueira Ferraz.

Em 1976, Fernando ingressou no IBC (Instituto Brasileiro do Café), em Belo Horizonte, onde participou do PRRC (Plano de Renovação e Revigoramento da Cafeicultura) juntamente com experientes agrônomos do IAC (Instituto Agronômico de Campinas).

Ao longo dessa jornada foram muitos anos de pesquisa que fizeram o cafeicultor e agrônomo uma referência na produção de café. Após o fim do IBC, em 1992, surge o Procafé – Programa Integrado de Apoio à Tecnologia Cafeeira. Depois a Fundação Procafé foi criada congregando Cooperativas, Sindicatos e Associações de cafeicultores para assumir funções de apoio tecnológico à cafeicultura, com base no acervo do ex-IBC.

“Se hoje temos pesquisas e técnicas avançadas na cafeicultura mundial é porque muito se realizou nas atividades de melhoria da produtividade, competitividade e qualidade do café pelos agrônomos e pesquisadores da Procafé”, destaca Fernando Cruz Neto.

O agrônomo, hoje com mais de 50 anos de experiência nas áreas de pesquisa (IBC-Procafé), traz seu conhecimento sobre os processos realizados na Fazenda para os filhos, essas ações fazem parte da sucessão familiar realizada na propriedade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui