Filhos e filhas,
Nesta semana celebramos um santo conhecido, principalmente, pela proteção contra o mal, São Bento, abade (11/07). Nascido na cidade de Núrsia, Itália, São Bento viveu entre os anos de 480 e 547. Em 529, fundou o Mosteiro Monte Cassino, fundamento da Ordem Beneditina. Em 534, começou a redigir a Regra, uma regulamentação da vida monástica, sendo a mais conhecida delas “Ora et Labora” (Reza e Trabalha).
Durante sua vida, realizou diversos milagres e muitos exorcismos, levando os fiéis à conversão. São Bento foi alvo de muitas intrigas, motivadas por inveja e também pela discordância em relação às suas regras. Em uma primeira ocasião, tentaram matá-lo colocando veneno em seu cálice. Contudo, ao ser abençoado por São Bento, o cálice partiu-se em vários pedaços.
Na segunda investida, ao constatarem sua popularidade e o êxito dos trabalhos por ele desenvolvidos, tentaram arruiná-lo com todo tipo de calúnias, mas fracassaram. Desesperados, enviaram a ele um alimento envenenado, o qual foi retirado de suas mãos por um corvo e assim, mais uma vez, foi salvo.
Não por acaso, São Bento é autor de uma oração da qual, particularmente, gosto muito, e recomendo que seja adotada para a autoproteção, não apenas contra a inveja, mas também como forma de manter-se a salvo de todas as ciladas preparadas pelo Inimigo:
“A Cruz Sagrada seja a minha luz.
Não seja o dragão meu guia.
Retira-te Satanás, nunca me aconselhes coisas vãs.
É mau o que tu me ofereces.
Bebe tu mesmo o teu veneno.”
Essa oração está inscrita na famosa medalha de São Bento, e aqui faço um alerta, a medalha de São Bento não é um amuleto, mas um sacramental, como o escapulário, a água benta e outros, isto é, um sinal visível de nossa fé.
Usar regularmente a medalha nos coloca sob a especial proteção de São Bento. Isso é especialmente verdadeiro quando confiamos nos méritos desse grande Santo e na da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo! Muitos relatos maravilhosos são atribuídos a esta medalha, garantindo-nos ajuda poderosa contra as armadilhas do demônio e para alcançar graças espirituais, como conversão, vitória sobre tentações, reconciliação em inimizades, entre outros.
Porém, a medalha não age automaticamente contra as adversidades, como se fosse um talismã ou uma varinha mágica. Para escapar das ciladas do demônio, é crucial estar em graça e amizade com Deus. Isso significa servi-Lo e amá-Lo, cumprindo todos os deveres religiosos: oração, participação na Missa dominical, recebimento dos Sacramentos, cumprimento dos deveres de justiça e observância dos mandamentos da lei de Deus e da Igreja.
Quando a alma está verdadeiramente unida a Deus, nem o demônio, nem qualquer criatura têm o poder de prejudicá-la. Em suma, o efeito da medalha de São Bento depende muito das disposições da pessoa para com Deus e da observância dos requisitos mencionados acima.
Muitos costumam rezar a São Bento, especialmente no dia dedicado a ele, 11 de julho. Com a medalha em mãos, fazem a oração diante da porta de suas casas, suplicando proteção para o lar e no trabalho. Além da oração, outra jaculatória bastante usada é a seguinte:
“São Bento, água benta, Jesus Cristo no altar.
Que todo mal saia desta casa para eu poder morar”.
Para empresas, pode-se rezar da seguinte forma:
“São Bento, água benta, Jesus Cristo no altar.
Que todo mal saia desta empresa,
Para que todos possam trabalhar”.
São Bento, rogai por nós!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti