Após perseguição aérea, piloto de helicóptero é preso com cocaína na região de Londrina

Pedro Marconi – Folha de Londrina

Os moradores da pacata Jaguapitã (Região Metropolitana de Londrina), que tem 15 mil habitantes, viveram momentos de tensão ao presenciar uma fuga cinematográfica. “Foi bem preocupante, ninguém aqui é acostumado com isso. Parecia que era o Rio de Janeiro”, definiu o autônomo Marcelo Henrique. O cenário que ele se refere é de uma perseguição aérea registrada na cidade no final da tarde de terça-feira (18), que culminou na apreensão 243 quilos de cocaína dentro de um helicóptero. Carga avaliada em cerca de R$ 3,6 milhões.

O piloto, um homem de 52 anos, foi preso em flagrante e encaminhado para a sede da PF (Polícia Federal) de Londrina. Segundo a corporação, a aeronave suspeita entrou no radar inicialmente na zona rural de Amambai, no Mato Grosso do Sul, com o acionamento do Comando de Aviação Operacional da Polícia Federal e o BPMOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas) de Londrina e de Cascavel (Oeste).

O helicóptero foi visto novamente sobrevoando a região do Rio Paraná, na divisa do estado com o Paraná. No entanto, o piloto não desceu com a aeronave e fugiu, sendo acompanhado por três helicópteros das forças de segurança, um da PF e dois da PM. Foram aproximadamente 250 quilômetros de acompanhamento tático, até que em Jaguapitã o homem acabou cercado e foi obrigado a pousar num terreno particular, de mata.

“Após o recebimento de informações de que essa aeronave possivelmente estaria carregando ilícito e voando em baixa altitude a delegacia da Polícia Federal de Londrina, com a delegacia federal de Ponta Porã, coordenou essa operação conjunta para que fosse identificada e se tentasse a abordagem dessa aeronave”, destacou o delegado da PF, Daniel Martarelli.

HELICÓPTERO APREENDIDO

A aeronave foi apreendida e transportada de guincho para a delegacia em Londrina. O helicóptero está irregular e em nome de outra pessoa, que ainda não foi identificada. “Esse piloto tentou se evadir das aeronaves da Polícia Militar e da Federal, fez diversas manobras perigosas e inseguras na região de Jaguapitã, mas mesmo assim ele estava a todo momento sendo monitorado pelas aeronaves e chegou num momento em que viu que não conseguiria mais fugir”, comentou o capitão Henrique Arendt.

 

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