Dos dias 20 a 25 de março, os 645 municípios paulistas realizam ações para intensificação do controle vetorial e atividades de eliminação de criadouros
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realiza entre os dias 20 a 25 de março a Semana Estadual de Mobilização Social, como parte das ações do plano de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, Chikungunya e Zika. A Mobilização será realizada em parceria com os 645 municípios do estado e outros órgãos públicos como a secretarias da Educação, Vigilância Sanitária e Meio Ambiente, entre outros.
“É importante que a prevenção seja contínua, em especial durante os períodos de calor e umidade característicos de final do verão e propícios para proliferação do mosquito. Por isso, o esforço é coletivo e a população tem o papel fundamental para contribuir na luta contra o Aedes aegypti”, afirmou Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde de SP.
As arboviroses são infecções causadas por vírus, transmitidos principalmente por mosquitos, como a dengue, Zika e Chikungunya, que têm o Aedes aegypti como vetor. Desta forma, o Estado de SP alerta para a intensificação de ações de combate ao vetor Aedes aegypti, com ampla participação da população no atual período de sazonalidades onde temos aumento de casos.
Somente no ano de 2022, foram confirmados 332.139 casos de dengue, distribuídos em 617 municípios do Estado de São Paulo, e 287 óbitos. Até fevereiro deste ano, foram registrados 20.981 casos de dengue, em 430 municípios e 13 óbitos.
Em 2022, foram registrados 934 casos de Chikungunya em 115 municípios, sendo 113 casos entre janeiro e fevereiro. Em 2023, no mesmo período, foram notificados 130 casos da doença em 35 municípios.
Em relação a Zika vírus, em 2022 foram registrados cinco casos e até o momento em 2023 não há casos confirmados.
Estes índices de transmissão dessas arboviroses estão associados a plena adaptação do mosquito Aedes aegypti às atuais condições ambientais. Os indicadores apontam situação de risco em 156 municípios e 249 em situação de alerta.
A proliferação do Aedes aegypti é favorável em ambientes urbanos, principalmente em residências e proximidades, em que há maior número de recipientes existentes com potencial para tornarem-se criadouros. Os principais locais de foco do mosquito são: prato sob vaso de flores e bebedouro de animais; ralo, laje e calhas; e latas, potes, garrafas e pneus.
Como eliminar os criadouros
O Aedes aegypti é preto com pintinhas brancas ao longo do corpo. O ciclo do mosquito, da colocação do ovo até a fase adulta, dura entre 10 e 12 dias, em média. Em condições favoráveis (água limpa, parada e calor) o mosquito se desenvolve em até nove dias. Quando está adulto, o tempo de vida dele pode variar de 45 a 60 dias.
Todo e qualquer objeto que possa acumular água pode se tornar um criadouro do mosquito, seja um balde esquecido no quintal, em calhas das casas ou uma tampinha de garrafa que fica ao ar livre. Por isso, o Centro de Controle de Zoonoses orienta que toda semana seja feita uma vistoria na residência ou local de trabalho.
Mais dicas para o controle da doença
- O prato do vaso de planta também pode ser foco do mosquito. Elimine o prato ou use um prato justo ao vaso, de forma que não haja espaço entre o vaso e o prato;
- É importante deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente;
- Descarte pneus usados em locais autorizados;
- Objetos que acumulam água, como potes e garrafas, também devem ser retirados dos quintais;
- Lixo: Material para reciclagem deve ser mantido em saco fechado e em local coberto.
Sintomas
As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika. e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika. Ao apresentar os sinais e sintomas (dengue, Zika ou Chikungunya) é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).