Fonte: O Diário do Vale
Não faltou água para as lavouras, que se desenvolveram bem, mas agora não conseguem ser colhidas. Sequência de chuvas também impede plantio do milho, que já saiu da janela ideal e terá alto risco climático para seca e geadas
Neste mesmo período de 2022, 80% da safra de soja já estava colhida em Cândido Mota. Já em 2023, menos de 40% das áreas foram finalizadas, devido às chuvas constantes e volumosas que são registradas na região.
Porém, apesar da dificuldade de colher e do aumento da pressão de doenças fúngicas, as produtividades da soja têm superado as expectativas iniciais. De acordo com o produtor rural Antônio José Tondato, as médias devem ficar entre 65 e 75 sacas por hectare.
A preocupação, pensando na soja, fica por conta do mercado, que nas contas de Tondato, registram preços 30% menores do que os encontrados no início da colheita passada. Sendo assim, e diante dos custos de produção que foram elevados nesta temporada, os produtores estão fora do mercado, aguardando novas movimentações nos valores.
Mas o grande prejudicado por este atraso é o milho. Apenas 30% das lavouras foram plantadas até agora, sendo que a janela ideal de cultivo já se encerrou ao final de fevereiro. A partir de março, o risco aumenta para secas e geadas e pode diminuir o potencial produtivo das plantas.
(Guilherme Dorigatti | Notícias Agrícolas)