Aumento da pressão, arritmia e até infarto do miocárdio podem ser consequências do uso em excesso dessas bebidas

Depois de dois anos sem Carnaval por causa da pandemia, a retomada das festas precisa de cautela. O consumo de álcool, especialmente quando misturado a bebidas energéticas traz consequências para a saúde. O alerta é do Dr. Pedro Barros, coordenador médico SoE Cardiologia Americas. Durante o isolamento, a maioria das pessoas ficaram sedentárias e não realizaram exames de rotina, o que, de acordo com o especialista, pode aumentar os riscos de problemas cardíacos como arritmia e até infarto do miocárdio.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em todo o Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença cardiovascular. São Paulo lidera o ranking de estados com maior número de óbitos – creca de 60 mil por ano. “Muitas pessoas nem sabem que possuem algum problema no coração e mesmo os saudáveis precisam estar atentos aos excessos tão comuns nessa época do ano”, orienta Barros.

“Uma latinha de energético contém níveis variados de cafeína, geralmente acima de 70mg, o que pode equivaler a mais do que duas a quatro xícaras de café. Associada a outros componentes das bebidas, levam a liberação de adrenalina e noradrenalina, que propiciam o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Eventos mais graves como espasmo dos vasos do coração, resultando em infarto agudo do miocárdio podem ter relação com o consumo excessivo dessas bedidas associado a outros fatores como esforço extremo e uso de drogas ilícitas”, explica o médico.

A combinação do energético com álcool é comum pois a cafeína a mascara e reduze a percepção da embriaguez. Entretanto, a bebida energética apenas diminui a sensação de sonolência causada pelo álcool, mas não seus efeitos, inclusive, o efeito diurético de ambas pode levar mais facilmente à desidratação. Dessa forma, o álcool em exagero pode levar a diversos problemas e, quando misturado a energéticos e outras substâncias, seus riscos são potencializados, inclusive das complicações cardíacas.

O especialista aponta, ainda, que algumas pessoas podem ser portadoras de problemas cardíacos silenciosos, ainda não diagnosticados, estando sob maior risco desses eventos indesejáveis. Indivíduos com mais de 35 anos, com fatores de risco para doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo ou tabagismo, apresentam risco ainda mais elevado de complicações.

Sobre a rede Americas:

Referência no atendimento de alta complexidade e qualidade, a rede Americas, do UnitedHealth Group Brasil, está presente em cinco estados brasileiros – São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Atualmente, a rede conta com total de 12 hospitais, 30 centros médicos e clínicas especializadas, 7 centros de excelência, mais de 60 especialidades, além de mais de 2,6 mil leitos. Para mais informações acesse: www.americasmed.com.br.

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