Exposição prolongada ao som alto, consumo de bebidas alcoólicas e pouca hidratação estão entre os principais fatores que podem afetar os ouvidos, garganta e nariz
Com a proximidade do Carnaval, as principais cidades do país já iniciaram a programação de festas e bloquinhos de rua, ainda em clima de retomada após longo período de restrições devido à pandemia de Covid-19. Vale lembrar, no entanto, que os excessos do período do ano mais aguardado pelos foliões podem sobrecarregar a garganta e os ouvidos.
A exposição ao som alto por longos períodos, elevação da voz, consumo exagerado de bebidas alcoólicas e, até mesmo, os choques térmicos são elementos que podem causar dores, inflamações e desconfortos durante ou após as festas.
Pensando nisso, o otorrinolaringologista do Hospital Paulista Dr. Domingos Hiroshi Tsuji orienta sobre alguns cuidados importantes para evitar esses problemas e garantir a diversão dos próximos dias. Confira!
1. Proteja seus ouvidos
O som muito alto pode danificar as células sensitivas do sistema auditivo e causar surdez e tinnitus (zumbido) temporários ou permanentes. Por isso, o médico recomenda evitar a exposição por muito tempo a músicas com volume alto como, por exemplo, acima de 85 decibéis. “Não ficar muito perto das caixas de som ajuda a reduzir o impacto, bem como realizar pausas ao longo do período, se afastando do barulho por alguns minutos”, frisa.
2. Proteja suas cordas vocais
De acordo com o Dr. Tsuji, falar alto causa traumatismo na delicada mucosa das pregas vocais, podendo gerar inflamações, hemorragias e até mesmo lesões agudas mais sérias, que podem evoluir para um sintoma crônico.
Dessa forma, o ideal durante as festas de Carnaval é realizar pausas vocais intermitentes de 15 minutos. “No sistema otorrinolaringológico, tudo está interligado. O excesso de som, que prejudica o aparelho auditivo, também nos leva a aumentar o tom de voz, forçando as cordas vocais. Por isso, o ideal é evitar a exposição por muito tempo a esse estímulo”, reforça o especialista.
3. Proteja seu nariz e garganta
O álcool, sobretudo em excesso, causa irritação e ressecamento da garganta. Dessa forma, a primeira orientação é evitar o consumo desenfreado de bebidas alcoólicas e aumentar a hidratação bebendo muita água.
“Aliado a uma alimentação desregrada, o álcool pode causar refluxos, gerando mal-estar e irritação na garganta”, destaca o médico, orientando que as pessoas também evitem consumir produtos muito gordurosos e condimentados.
Ele alerta ainda para o risco de choque térmico, situação causada principalmente pelo consumo de bebidas muito geladas quando o corpo está quente. O fator é comumente relacionado à inflamação da garganta e do sistema fonador e seus sintomas podem acabar com o clima de festa.
Além da bebida, o uso de substâncias ilícitas também oferece inúmeros riscos à saúde e deve ser evitado. O especialista do Hospital Paulista explica que alguns tipos de droga podem causar danos à mucosa nasal, gerando sangramento nasal, perda de olfato e, principalmente, problemas relacionados às mudanças comportamentais que levam a consequências graves e, até mesmo, fatais.
Outros cuidados
O médico ainda destaca a importância de evitar o compartilhamento de objetos, como copos, por exemplo, além de manter os cuidados básicos que diminuem os riscos de transmissão de doenças virais, como gripe, resfriados e/ou Covid-19.
Além disso, algumas DSTs podem ser transmitidas pelo beijo, como HPV (papiloma), herpes, gonorreia e sífilis. “Essa transmissão depende não só da imunidade individual, mas também da presença de feridas e lesões na mucosa oral. Portanto, é fundamental redobrar a atenção durante o Carnaval para garantir a diversão de forma segura e saudável”, finaliza Dr. Tsuji.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, possui mais de 40 anos de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.