A gravidez indesejada na adolescência pode desestruturar a vida da mãe, em um período determinante na sua formação para a idade adulta, com reflexos na saúde física e mental da criança, além de apresentar maior risco de mortalidade materna e infantil, de nascimentos prematuros e de recém-nascidos com baixo peso.
Estudos apontam que apenas 15% das adolescentes gestantes continuam na escola após a maternidade e 60% das mães adolescentes não estudam ou trabalham e isso leva a desigualdade social, gerando uma cadeia de consequências para as próximas gerações.
Pensando nisso, a Prefeitura inicia hoje o programa “Cuidando da Mulher”, que ofertará contraceptivos reversíveis de longa duração para jovens entre 14 e 19 anos de idade, particularmente aquelas com vulnerabilidade social, distúrbios psiquiátricos graves, dependência química e deficiência mental.
O objetivo é ampliar a oferta de métodos contraceptivos para esse grupo, além dos já existentes na rede de serviços de saúde. Dado que esta técnica é mais direcionada aos adolescentes, e não oferecida pelo SUS, o município assume a responsabilidade de financiá-la com seus próprios recursos, a fim de diminuir a quantidade de gravidezes não planejadas e reduzir a taxa de mortalidade infantil e materna.
Através deste programa, também estarão disponíveis dispositivos intra-uterinos (DIUs) para as mulheres que apresentam menorragia idiopática, mioma ou hiperplasia endometrial. A ideia aqui não é a contracepção, mas sim o alívio das dificuldades de saúde dessas mulheres, que poderão até se livrar da necessidade de cirurgia.
Para serem beneficiadas, as pacientes devem estar cadastradas e em acompanhamento médico em uma das Unidades de Saúde da rede municipal.
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