No Centro-Oeste de São Paulo, Concessionária CART analisa ocorrências para buscar redução de acidentes
Entre as ocorrências de maior severidade, as colisões traseiras são um desafio para setores de inteligência de tráfego estabelecerem medidas de prevenção. Nas rodovias administradas pela CART – Concessionária Auto Raposo Tavares, foi identificado um aumento de 20% nos registros entre os meses de setembro e outubro de 2022.
De Bauru a Epitácio, no segmento de 444 quilômetros que compreende o Corredor CART, foram 22 acidentes entre setembro e outubro – 10 e 12 registros, respectivamente. O ponto de atenção é na SP-270 – Rodovia Raposo Tavares, onde houve 15 ocorrências no período, o equivalente a 68% do volume de acidentes do tipo nos meses analisados.
As medidas adotadas pela CART para diminuir as colisões traseiras, que na maioria dos casos envolve caminhões e veículos leves, surtiram efeitos de curto prazo em dois trechos que eram considerados de alta criticidade. Na SP-270 – Rodovia Raposo Tavares, km 437, em Assis e na SP-225 – Rodovia João Baptista Cabral Rennó, km 300, em Santa Cruz Do Rio Pardo, foi implantado um sistema que detecta através de sensores, veículos com baixa velocidade trafegando no local. Após esta identificação, dispositivos luminosos acendem de forma intermitente, chamando a atenção para os veículos que trafegam atrás sobre a presença destes veículos lentos. Durante as análises feitas, desde sua implantação, julho de 2022 até agora, os pontos onde a solução foi implantada, os casos de acidentes por colisão traseira zeraram.
Os trechos são em aclive e o tráfego de caminhões é frequente nas rotas para a Capital, bem como para a região de Prudente e estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Em quatro anos (2019 a 2022), foram registradas nestes segmentos 10 colisões traseiras.
O sistema, batizado de Rampa Segura, possui um sensor de tráfego capaz de detectar veículos com velocidade abaixo de 55 km/h. A passagem de veículo lento aciona o sistema de focos de led, instalados às margens da pista, indicando ao motorista que segue atrás, em velocidade superior, da necessidade de mudar de pista para seguir viagem.
Prevenção
Simples atitudes ao volante previnem acidentes, como manter a distância segura entre veículos. O motorista tem um tempo maior de resposta e reflexo imediato aos estímulos, como frear a tempo de evitar uma colisão.
Para evitar colisão traseira, a recomendação é estar atento as movimentações no trânsito e assim que avistar qualquer eventualidade, reduzir a velocidade do veículo para tomada da melhor decisão. No entanto, o condutor deve frear aos poucos para evitar derrapagens ou uma parada brusca.
A CART recomenda a “regra dos três segundos”, que consiste na visualização de um ponto de referência na estrada, como uma árvore, e assim que o veículo à frente cruzar esse ponto, deve-se contar “cinquenta e um, cinquenta e dois, cinquenta e três”. Se o seu veículo passar pelo mesmo ponto de referência antes do final da contagem, é sinal que é hora de reduzir a velocidade para aumentar a distância entre o veículo que trafega à sua frente. É importante lembrar que a “regra dos três segundos” só é válida para carros de pequeno porte – até 6 metros de comprimento – e que estejam a 80 ou 90 km/h em pista sem adversidades.
“Desde o início da administração das rodovias entre Presidente Epitácio e Bauru, duplicamos pistas, construímos dispositivos de acesso e retorno, instalamos recursos de segurança que pudessem melhorar a trafegabilidade e reduzir a severidade dos sinistros, bem como revitalizamos as sinalizações verticais e horizontais, como por exemplos, os balizadores, placas e as sinalizações refletivas. Além disso, foram disponibilizadas faixas com mensagens educativas ao longo das rodovias e renovamos os PMVs (Painéis de Mensagens Variáveis) que informam, além de mensagens educativas, as condição de tráfego ao longo de todo o trecho”, destaca o coordenador de Operações da CART, Kaio Nascimento.
O comportamento ao volante é decisivo para a proteção coletiva. Motoristas que seguem “colados” ao veículo da frente potencializam o risco de colisão. Para se afastar de quem segue a uma distância curta, a orientação é reduzir a velocidade ou deslocar-se para outra faixa de trânsito, ultrapassando com segurança.
O condutor não deve ficar indeciso em relação ao percurso, especialmente com entradas e saídas de acesso. O ideal é planejar o trajeto antes de sair para não confundir o veículo que vem atrás. Também deve ser feita a sinalização correta com as setas para a mudança de percurso no tempo adequado. Assim, os outros motoristas podem planejar suas atitudes no trânsito, principalmente quando houver caminhões ou ônibus na retaguarda, já que nestes casos, o tempo de agir é mais lento.
Faixas de aceleração e desaceleração
O momento de entrada e saída de um veículo para a rodovia ou para as vias marginais merece atenção dos motoristas e motociclistas, especialmente os que transitam em trechos urbanos. O respeito ao limite de velocidade indicado pelas faixas de aceleração e desaceleração garante o tráfego seguro, em harmonia entre fluxo urbano e o da rodovia.
O trecho urbano da SP-270 é um dos principais acessos a bairros e avenidas de Presidente Prudente. Por isso, o fluxo de veículos entrando e saindo da rodovia a todo o momento é bastante intenso, principalmente em horários de pico. A média diária chega a 22 mil veículos apenas nesse trecho.
Aliadas dos motoristas nessa hora são as faixas de aceleração e desaceleração implantadas, pois são instrumentos importantes na sinalização viária e favorecem a segurança de todos. São indicadas por uma pintura zebrada, na cor branca, no solo dos acostamentos e ficam próximas às saídas e entradas da rodovia. A principal função é oferecer espaço suficiente para acelerar ou diminuir a velocidade.
A faixa de aceleração garante espaço adequado para o veículo acessar a rodovia. Aumentam a velocidade gradativamente, tornando-a compatível com o fluxo. O dispositivo previne colisões traseiras e laterais entre um veículo mais lento e outro com uma velocidade maior.
Para sair da rodovia, a faixa de desaceleração, presente próximo às saídas, oferece espaço suficiente para o motorista reduzir gradativamente a velocidade aplicada na rodovia e entrar em uma via marginal urbana de menor velocidade, ou até mesmo em um acesso particular. Com a utilização correta da sinalização no solo, é possível reduzir a incidência de veículos em alta velocidade em acessos próximos à rodovia.
Sobre a CART
As rodovias da CART contribuem para a expansão do comércio, indústria, do agronegócio, do turismo e da prestação de serviços nos 34 municípios cortados pelo Corredor. Ao longo de todas as edições do Prêmio ARTESP, a CART já foi vencedora nas categorias: “Relacionamento com a Sociedade”, na 3ª Edição; “Segurança Rodoviária”, na 5ª Edição e, na última edição realizada em 2020, consagrou-se como a segunda melhor Concessionária do Estado de São Paulo, recebendo o primeiro lugar na categoria “Inovação”. Monitorada e 100% duplicada, a concessão confere segurança e agilidade no trânsito de cargas, conectando o Oeste Paulista com os principais pontos de escoamento da produção do Brasil.