As três pesquisas estão em fase final, e serão publicadas nas revistas International Journal of Gynecology and Obstetrics e São Paulo Medical Journal
O professor Dr. Carlos Izaias Sartorão Filho, junto aos alunos do curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA), Ana Luisa Varrone Sartorão, Beatriz Balsimelli de Mello, Carlos Izaias Sartorão-Neto, Diogo Coutinho Terribile, Edy Alyson Ribeiro, Lara Escobar Gavião Cachoni, Mariana Costa Zoqui, Otomo Duarte, Roberto de Mello e Vinicius César Queiroz Bisseto, realizaram uma série de pesquisas que estão em fase final de preparação para publicação em duas revistas científicas.
O primeiro estudo, denominado “Determinantes do uso de Coletor Menstrual entre estudantes de Medicina”, realizou um questionário entre as alunas de Medicina da FEMA, com perguntas sobre as preferências e razões para o uso dos métodos de higiene corporal no período menstrual. Após as análises, os resultados descreveram que as estudantes que usam algum método hormonal para reduzir o fluxo, as preocupadas com o meio ambiente, e as mulheres que não tem preocupação em manipular sua genitália, são as que optam pelo uso do coletor menstrual. Nessa pesquisa, observaram que o método foi utilizado por 22,56% das respondentes.
Em conclusão, o conhecimento desses determinantes pode auxiliar a comunidade científica a propor estratégias para aumentar o uso do método, em especial entre as mulheres com as características mencionadas acima. O tema é bastante relevante, principalmente para a população menos favorecida economicamente, em que o coletor menstrual seria uma importante opção para reduzir o que chamamos de pobreza menstrual, algo que afeta diretamente as mulheres com dificuldade de acesso aos outros métodos.
Este estudo está em fase final e será publicado na International Journal of Gynecology and Obstetrics, uma das revistas científicas mais renomadas na área de Ginecologia e Obstetrícia, e a revista oficial da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, entidade ligada à OMS.
Os outros dois estudos foram focados na população assisense que recusou a segunda dose da vacina da Covid-19. As pesquisas foram realizadas via SMS e WhatsApp, em 2021, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Assis e o Ministério da Saúde.
No primeiro deles, foi feito um questionário com o objetivo de conhecer as razões de hesitação ou recusa da segunda dose da vacina, por parte das pessoas pertencentes a esse grupo. Esse estudo foi aceito na revista International Journal of Medical Informatics e será publicado em breve.
O outro estudo, que será publicado na São Paulo Medical Journal – revista oficial da Associação Médica Brasileira – descreve os grupos que foram estatisticamente significativos para recusar a segunda dose da vacina em Assis. Foi notório que homens e mulheres entre 30 e 44 anos era um grupo relevante para hesitação, assim como pessoas que sentiram algum tipo de reação ou declararam ter contraído a Covid-19 após a primeira dose.
Além da importância global desses estudos para a população, o professor Dr. Carlos Izaias Sartorão Filho ressalta “o empenho e o aprendizado obtido por todos os participantes, especialmente os alunos envolvidos em todas as fases da pesquisa, desde a elaboração e aprovação dos projetos até a coleta, análise e discussão dos resultados. Além disso, a dedicação incondicional de toda a direção acadêmica da FEMA também foi extremamente importante para viabilizar os trabalhos”, comenta Carlos. Segundo ele, a comunidade científica tem grande interesse nesse tipo de informação, para focar suas ações em especial nesses grupos em futuras campanhas.