Em reunião com a ministra Tereza Cristina, representantes desses países falaram sobre o potencial de exportação desses insumos
Juntos, os países árabes fornecem 26% dos fertilizantes importados pelo Brasil, segundo a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Entre os principais fornecedores do bloco estão Marrocos, Catar, Arábia Saudita, Egito, Omã e Argélia.
A ministra disse que o Mapa vai conversar com empresas e cooperativas do setor agrícola sobre o interesse em aumentar a compra desses produtos dos países árabes. “É muito importante mostrar o potencial dos países árabes para esse suprimento, para que as empresas brasileiras conheçam esse potencial. Vivemos um momento importante de crise mas também de oportunidades para os dois lados”, ressaltou Tereza Cristina, em audiência com embaixadores árabes e representantes da Câmara.
O Brasil importa mais de 85% dos fertilizantes utilizados na agricultura e no caso do potássio são 95% do seu consumo. O governo também trabalha na logística para a importação de fertilizantes. “Já identificamos muitos gargalos nos portos brasileiros e estamos estudando como resolver no curto prazo”, informou a ministra.
O presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Osmar Chohfi, disse que a entidade também irá trabalhar para aproximar ainda mais as empresas árabes de produtores brasileiros. “Os países árabes são fornecedores importantes de diferentes tipos de fertilizantes para o agronegócio brasileiro, e o Brasil é muito importante para os países árabes em matéria de segurança alimentar”, ressaltou.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, ressaltou a importância de o Brasil diversificar as origens de suas importações de fertilizantes. “Estamos em um momento em que o Brasil precisa aumentar o volume de importação para se preparar para a próxima safra”, disse.
Em conjunto os países árabes são o principal exportador mundial de fertilizantes, seguidos por Rússia, China, Canadá e Estados Unidos. O Brasil é o principal destino das exportações árabes de fertilizantes, seguido principalmente por Índia, Estados Unidos, Tailândia, Turquia e Argentina.