Previsão de anomalia de precipitação para os próximos quatro meses indica possibilidade de períodos de estiagem para a próxima safra (2021/2022).

Com a anomalia da temperatura da superfície do mar (TSM) no Oceano Pacífico dando indicativo de fortalecimento do fenômeno La Niña, as chuvas da próxima estação devem sofrer ajustes sobre a América do Sul.

Setembro – Potencial para o retorno gradual das chuvas, ainda isoladas, em boa parte do Centro-Oeste e Sudeste e mais restritas no Sul, ainda com cenário de estiagem para o RS.

Outubro – Mês crucial para o plantio de grãos pode ter chuva acima da média em boa parte do país, inclusive com excessos no Centro-Oeste e Sudeste (>300 mm). Cenário mais provável é de aumento da possibilidade de deficiência hídrica no RS.

Novembro – Abre-se a janela de possibilidade de intensificação de um bloqueio atmosférico, o que reduziria, e muito, a carga de chuva em todo o centro-sul, o que seria de alto risco para o desenvolvimento, principalmente, da soja.

Dezembro – Padrão de irregularidade das chuvas pode prevalecer, com frações anômalas negativas em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Diante do cenário exposto e previsões numéricas de outros fatores, o plantio da safra 2021/2022 recomendado ficaria para a segunda quinzena e setembro, e não em outubro, como de costume.

Caso o prognóstico de chuva acima da média em outubro se concretize, a falta de água em novembro não traria grandes problemas, com exceção de prováveis ondas de calor intensas, o que acelera a evapotranspiração potencial (quantidade de água evaporada do solo).

Fonte: Agência PDRadar / Daniel Panobianco

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