Filhos e filhas,
O Papa Francisco instituiu o próximo domingo, dia 25 de julho, como o 1º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. Verdade que no Brasil a data já era comemorada no dia 26, em memória a São Joaquim e Sant’Ana, os pais de Nossa Senhora e, por conseguinte, avós de Jesus. Por isso dedico essa mensagem a esse tema e já começo com este ensinamento, da Carta de São Paulo a Tito:
“Aconselhe igualmente os jovens, para que em tudo tenham bom senso” (Tt 2, 6).
Como é edificante uma família que valoriza os avós, nesse caso, todos ganham! As crianças são beneficiadas porque convivem com gerações diferentes, aprendem a valorizar os idosos e mantêm o sentimento de pertença familiar. Alguns estudos indicam até que a convivência com os avós, fornece valores sólidos e apoio emocional aos netos.
Os pais também são beneficiados porque pode contar com uma ajuda na formação dos filhos. Quando os avós não têm a função de educar os netos, e justamente por isso, fica mais fácil ser conselheiro, companheiro e contribuir para o desenvolvimento deles. Não estou dizendo que os pais não podem realizar tal tarefa, porém a responsabilidade diária exige uma forma de tratamento diferente de quem ajuda temporariamente.
E convenhamos, hoje em dia, é graças aos avós que as crianças são iniciadas na fé, pois os pais estão demasiadamente preocupados e ocupados no trabalho para garantir o melhor para os filhos. Não quero generalizar, mas os pais não têm “tempo” para a educação espiritual dos filhos. E aqui não posso deixar que lembrar que essa é uma responsabilidade dos pais.
A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Seu papel é fundamental na formação dos filhos, já que aos pais é dada a responsabilidade de formar pessoas conscientes e cristãs. Eles são representantes legítimos de Deus perante os filhos que devem ser conduzidos nos valores do Evangelho.
A Igreja sempre reconheceu e exaltou a importância da família para a construção de uma sociedade equilibrada, justa e fraterna.
São João Paulo II, a descrevia como a célula mãe da sociedade e a conclamava a ser um santuário de amor, uma pequena igreja doméstica. O Papa Francisco nos ensina que “A família é um elemento essencial para todo e qualquer progresso humano e social sustentável”.
E repito, feliz é a família que valoriza os avós, sejam idosos ou não, pois já nos ensina o livro dos Provérbios: “Os netos são a coroa dos anciãos, e os pais são a honra dos filhos” (Pr 17,6).
Jesus fala de edificar a casa na rocha firme (cf. Mt 7,24-27), e a casa edificada na rocha é uma família que pratica a Palavra, é temente a Deus. O alicerce de nossa casa é a rocha e a única rocha é Jesus Cristo.
Muitas vezes permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando. Mas é possível novamente fundamentar na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família.
Senhor, por intercessão de São Joaquim e Sant’Ana, rogais pelos idosos e amparai as famílias.
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti