Filhos e filhas,

A maturidade de uma vida em Cristo é conseguir viver, o quanto mais plenamente, as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Então, a maturidade na fé é crer, esperar e amar.

A meta e a busca, o ideal do cristão batizado é ser uma pessoa que crê, que espera e que ama. O grande problema é que perdemos o referencial. A impressão que temos é que não existe um modelo a ser seguido e por isso, cada um cria o seu próprio modelo. Jesus deve ser nosso referencial de vida. Jesus é o homem maduro na fé, porque viveu na plenitude as virtudes teologais. Ele é o homem que crê, que espera, e que ama.

O atributo do Pai é ser criador, do Filho é ser Redentor e do Espírito é ser santificador. E o atributo diabo é ser enganador. Foi assim com os primeiros pais no paraíso. O diabo fez parecer bom algo que era ruim. Fez com que Adão e Eva fossem enganados. A maior ação do inimigo entre nós é nos enganar, nos ludibriar, fazer parecer bom algo que é ruim. É nos enganar também na busca de Deus.

Sabemos o que é o mal, o que é o pecado, mas o vivemos porque nossa vontade está destruída, nossa força foi diminuída. O inimigo nos pegou pela parte dos sentidos.

Então, precisamos do discernimento do que é fundamental para quem quer crescer na maturidade espiritual.

São Paulo, na armadura de Deus, vai dizer que é a espada do Espírito que vem pela Palavra. A espada corta, desmascara e tira a falsa representação do mal. A espada do Espírito mostra e faz vir à tona a verdade daquilo que realmente somos e não como diz Romanos 12, aquela ideia falsa que criamos de nós mesmos.

Um dos pontos para o discernimento é observar o começo do pensamento, o meio do pensamento e o fim do pensamento.

Ou seja, temos que perceber se o princípio, o meio e o fim de um pensamento, de uma obra e de uma intenção são puros. Isso nos revelará se quem está nos movendo é o Espírito de Deus ou espírito mundano.

Mesmo na caridade, devemos ponderar o “porquê” de nosso gesto. Senão, podemos ficar nus, dar toda a roupa para alguém, mas se for por vaidade pessoal, para ser aplaudido, isso é espírito do mal.

Devemos dar muita atenção ao curso dos nossos pensamentos e de nossas obras. Se tudo neles inclina-nos para o bem, esse é o anjo bom. Mas, se o curso dos pensamentos, das ações termina numa coisa má ou menos boa do que se havia proposto fazer, ou se no meio da ação, perde-se a paz a tranquilidade, a quietude, é sinal que está agindo pelo mau espírito e o inimigo está colocando em risco a nossa salvação.

Por isso, é preciso vigiar, é preciso discernir. E para sabermos se estamos enganados pelo inimigo, devemos checar as nossas verdades e as verdades de Cristo.

Deus nos convida a um banquete onde podemos sentar à mesa, e às vezes nós ficamos só com os farelinhos. Não fiquemos com as migalhas quando temos um banquete a nossa disposição.

Deus quer nos dar mais, Deus quer nos saciar. Deus quer mais conosco. Deixemos Ele agir.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui