Governadores de 21 estados e do distrito federal se reuniram em um fórum para criar o “pacto nacional”, com medidas restritivas para conter o avanço da infecção pelo novo Coronavírus. A reunião acontece na semana em que o brasil ultrapassa a marca de 265 mil mortos pela covid-19. Nesta segunda-feira (08), parte do grupo deve se reunir com o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, e representantes da Fiocruz para discutir ações de enfrentamento ao vírus, além de formas de acelerar a vacinação no brasil.  À frente do fórum  está  o governador do Piauí, , Wellington Dias. Durante uma entrevista à Globo News,  ele  afirmou que a ideia é promover restrições nacionais para tentar reduzir o número de infectados e evitar aumentar ainda mais o colapso no sistema de saúde. “não adianta o meu estado fazer e outro não fazer. Isso é enxugar gelo, ou seja, a transmissibilidade tem que ser cortada nacionalmente. O ideal é como fazem outras países. O poder central está fazendo isto, aliás como fazem os estados unidos e está dando certo”. Na semana passada, governadores de vários estados publicaram decretos com medidas restritivas. Um deles foi Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. “nós criamos um modelo de distanciamento que acompanha os riscos a partir de indicadores e que apontam os protocolos que devem ser observados. O sistema de bandeiras está funcionando. Este sistema aponta um risco altíssimo de contágio e da possibilidade iminente de falta de estrutura para atender os casos mais graves, que são cada vez em maior número e de paciente cada vez mais fora dos conhecidos grupos de risco”. O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, também adotou medidas duras para tentar conter o Coronavírus no estados. “com o agravamento agora em fevereiro, seguimos agindo. Depois de ouvir prefeitos das maiores cidades, anunciamos ações conjuntas, mas a demanda só cresce. O novo quadro que se apresenta é extremamente grave não só em Santa Catarina, mas praticamente em todos os estados brasileiros. Por isso é fundamental que tomemos medidas ainda mais duras, pois a vida dos catarinenses não tem preço”, ressalta. Ao anunciar as medidas restritivas no estado, Ratinho Júnior, governador do Paraná, destacou a falta de unidades de saúde para atender os pacientes mais graves com covid-19. “neste um ano que estamos no enfrentamento da pandemia, a nossa média, quando muito, tinha uma média de 40 pessoas na espera de enfermaria ou de uma uti de um dia para o outro. Quando, de manhã, dava alta para alguns pacientes, entravam essas 40 pessoas”, explicou ratinho, complementando que de fevereiro para cá este número saiu de 40 para 450 pessoas média. “hoje chegamos a 578 pessoas”, lamenta. No fim de fevereiro, welligton Dias, presidente do Fórum, já havia anunciado que os governadores pediriam ao governo Jair  Bolsonaro que adotasse medidas restritivas em todo o país, mas Bolsonaro negou a possibilidade de definir lockdown nacional.

Por Luis Ricardo Machado
Rede de Notícias Regional /Brasília
Crédito da foto: Pablo Jacob / Agência o Globo

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