A Receita Federal anunciou o calendário e as novas regras para a declaração do Imposto de Renda 2021. A principal mudança é a exigência de declaração das pessoas que ganharam mais de R$ 22.800 mil e receberam o Auxílio Emergencial durante a pandemia de Covid-19. Neste caso, o beneficiário terá que devolver o valor recebido do benefício, medida que, para o especialista em economia e professor William Bagdahsariam, garante a transparência de quem recebeu o benefício ao longo de 2020, e também a certeza de que o auxílio foi pago para quem realmente precisa. “Ela é positiva no seguinte sentido: quando uma política pública é criada, o órgão que cria tem de foca em um grupo específico de brasileiros. No caso do Auxílio Emergencial, eram as pessoas de baixas rendas que tinham perdido sua fonte de subsistência. O que acontece é que ao longo do tempo as pessoas que tinham perdido sua fonte de subsistência, poucas pessoas na verdade, eram pessoas que já tinham um poder aquisitivo maior. Então, este auxílio, ao invés de ser distribuído para pessoas pobres, estava sendo usado por outras pessoas que estavam se beneficiando desta situação, inclusive de forma ilegal”, explica o economista, ressaltando que se a pessoa usufruiu disto de forma indevida, nada mais natural que o poder público checar estas pessoas e cobrar o ressarcimento. O prazo para entrega da declaração de Imposto de Renda vai do dia 1º de março às 11h59 do dia 30 de abril, pelo horário de Brasília. Quem atrasar terá que pagar multa de 1% sobre o imposto devido ao mês, com valor mínimo de R$ 165.74 e máximo de 20% do imposto devido. O programa para a declaração do Imposto de Renda 2021 está disponível para download, tanto na versão para computador como para smartphones, no site da Receita Federal. A expectativa é de que 32 milhões de declarações sejam enviadas esse ano. Em 2020 foram entregues 31 milhões.
Por Luis Ricardo Machado Rede de Notícias Regional /Brasília Crédito da foto: Divulgação
