Neste dia 03 de fevereiro celebramos São Brás, protetor dos males da garganta. Principalmente nesta época de Pandemia, peçamos a intercessão desse grande santo por todos aqueles que tiveram de ser entubados em decorrência da COVID-19, como me foi sugerido nos comentários nas redes sociais.

Aproveito esta celebração litúrgica para explicar sobre a intercessão, um dos carismas da Obra Evangelizar e uma grande fonte de graças e bênçãos, pois como disse São Tomás de Aquino: “Pela oração de muitos, às vezes, se alcança o que pela oração de um só não se obteria”.

Interceder é pedir algo em favor de uma outra pessoa. É colocar-se entre Deus e alguém rogando pela sua causa e necessidade, como São Tiago nos exorta a fazer: “orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia” (Tg 5,16). Na intercessão, aquele que reza “não procura seus próprios interesses, mas sobretudo dos outros” (cf. Fl 2, 4), e reza mesmo por aqueles que lhe fazem mal (CIC 2635).

A intercessão é uma oração de pedido que nos conforma de perto com a oração de Jesus. Ele é o único Intercessor junto do Pai em favor de todos os homens, dos pecadores, sobretudo (CIC 2634).

Jesus Cristo se coloca entre Deus e os homens, como intercessor. No plano da salvação, Cristo se consagra em favor da humanidade. Então, entre Deus e a humanidade, ali bem no meio, está um intercessor que é Jesus.

A Carta aos Hebreus fala de Jesus depois da sua morte, ressurreição e ascensão: “Este, porque vive para sempre, possui um sacerdócio eterno. É por isso que lhe é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor” (Hb 7, 24-25).

São Paulo também o exorta como único intercessor, dizendo: “Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à mão direita de Deus, é quem intercede por nós! (Rm 8, 34)

Os Evangelhos apresentam mais exemplos de suplicas de intercessão dirigidas a Jesus, como nas Bodas de Cana (2, 1-11); Jairo intercedendo pela família (Mc 5, 22-23); O oficial do Rei que suplica pelo filho (Jo 4, 47-53) e O Centurião intercedendo pelo seu servo (Mt 8, 5-6). Também podemos considerar como um ato de intercessão o gesto dos quatro homens que trouxeram o paralítico e desceram seu leito pelo telhado, fazendo-o chegar a Jesus (Mc 2, 3-4).

Por fim lembro que a intercessão é algo que nunca deve falhar, tanto que a melhor definição de Intercessão que eu já ouvi na vida é: “Intercessão é carregar o outro, de joelhos dobrados”.

Deus abençoe,

Padre Reginaldo Manzotti

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