Cinzas de um dos mais conceituados artistas plásticos cândido-motenses, que faleceu nesta segunda-feira em Caraguatatuba aos 91 anos, serão trazidas a Cândido Mota em breve, segundo a família.
Um dos mais conceituados artistas plásticos da história de Cândido Mota, José Martins Bravo, morreu nesta segunda-feira, dia 28, aos 91 anos, em Caraguatatuba, cidade do litoral norte de São Paulo. Segundo o filho José Antônio Martins Bravo, o pai foi vítima de uma infecção generalizada causada por complicações de problemas respiratórios. Ele morreu às 6h04 no hospital da cidade litorânea, onde estava internado havia mais de 10 dias.
O artista José Martins Bravo fez história em Cândido Mota nas décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990, no mesmo período em que o amigo José Marobo também se desenvolvia na arte. Ambos marcaram uma época para a cultura cândido-motense. Neste período, além de desenvolver a arte da pintura sacra e histórica, Martins Bravo também foi ferroviário, comerciante, e engajado em movimentos da igreja católica – movimento franciscano e congregação mariana, além de ações sociais.
Ele é o autor da pintura artística mais famosa de Cândido Mota: a das paredes do salão paroquial da igreja matriz Nossa Senhora das Dores, e que acabou sendo sobreposta após reforma do prédio e nova pintura da parede. No espaço havia murais contendo mapas das igrejas rurais do município. Era uma volta na história do município.
Seis filhos
José Martins Bravo chegou em Cândido Mota ainda jovem, vindo de Jaboticabal. Em Cândido Mota conheceu e se casou com Deolinda, a dona ‘Linda’ Bravo, com quem viveu até as últimas horas de vida, morando na cidade de Caraguatatuba, para onde o casal se mudou há cerca de 25 anos. ‘Seu Zé Bravo’, como era conhecido, e dona ‘Linda’, tiveram seis filhos: Edson, Bernadete, Margareth, Márcia, José Antônio e Moisés.
“Ele sempre falava de Cândido Mota, dizia que amava essa terra e que um dia voltaria para a cidade”, disse José Antônio, ainda consternado com a morte do pai. Ele contou ainda que o corpo do pai foi transferido para o crematório de Angra dos Reis, onde foi cremado nesta terça-feira. “Realizaremos um sonho do meu pai. As cinzas dele serão levadas para Cândido Mota em breve. Aí decidiremos se deixaremos enterrada no jazigo da família, no cemitério municipal, ou se lançaremos no ar, sobre a cidade. Estamos ainda decidindo o que faremos. Mas ele repousará em Cândido Mota, como sempre quis”, completou José Antônio.
Fonte: O Diário do Vale