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Alexandre Campello assume compromisso pelas eleições diretas no Vasco

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O presidente do Vasco, Alexandre Campello, assumiu um compromisso público com as eleições diretas no clube, nesta terça-feira. Em vídeo publicado no Twitter, o mandatário prometeu não lançar candidatura ao Conselho Deliberativo, caso a eleição seja indireta e afirmou que vai registrar esta fala em cartório.

Campello assumiu a presidência do Cruz-Maltino no final de 2017, quando em uma manobra política rompeu com o candidato vencedor entre os sócios, Julio Brandt, de quem era vice e se uniu a grupos ligados ao ex-presidente Eurico Miranda para ser eleito pelo Conselho Deliberativo.

O presidente voltou a fazer criticas a Faués Cherene Jassus, o Mussa, presidente da Assembleia Geral, em relação à forma como a Assembleia Geral Extraordinária foi conduzida, no último domingo. Na votação virtual os sócios aprovaram as diretas.

Confira a fala completa do presidente Alexandre Campello:

“Em primeiro lugar, quero reiterar que sou totalmente a favor das diretas. Eu fui o único que tentou com ações garantir que a AGE ocorresse dentro da legalidade e respeitando os ritos do estatuto. A minha preocupação foi evitar que o resultado pudesse ser derrubado na Justiça por aqueles que gostariam de vincular a aprovação das diretas com a reforma do estatuto.

E para enterrar de vez o argumento dos que falam que não sou a favor das diretas: registro amanhã em cartório um termo de compromisso caso eu venha me candidatar. Se por algum motivo não tivermos eleição direta esse ano, e a chapa que eu eventualmente encabeçar não vencer, não lançarei minha candidatura no Conselho Deliberativo para a disputa da presidência.

Nesse processo algumas informações foram omitidas. Na reunião do Conselho Deliberativo que tentou afastar o Seu Mussa, votei contra o seu afastamento e foi o único a defendê-lo. Minha preocupação sempre foi garantir a legitimidade da AGE e a aprovação das diretas sem fragilidades que pudessem ser usadas aqui ou ali para que ela fosse derrubada na Justiça.

No entanto de forma irresponsável e com interesse de dois grupos políticos que influenciam fortemente o espaço do senhor Mussa, sendo que um deles tem como membro o seu filho, mais uma vez não permitiram chegássemos a uma solução de consenso. Propus a ele a data do dia 10 de setembro para a realização da AGE e me comprometi a solicitar ao Conselho Deliberativo a extensão do calendário eleitoral de forma que a eleição passasse do meio de novembro para o início de dezembro, assegurando assim a aprovação e a realização da eleição direta ainda neste ano, obedecendo as normas do estatuto

No entanto, o Seu Mussa decidiu atropelar a tudo e todos. Contratou por conta própria uma empresa para realizar a assembleia, tomando para si um ato que é de exclusiva responsabilidade da Diretoria Administrativa. Afirmou, inclusive, que pagaria os custos do próprio bolso, como se a AGE fosse sua e não do Vasco. Aliás, o Seu Mussa e aqueles que o cercam sempre trataram a AGE como um evento privado, de autopropaganda, e não como um momento da maior importância para o futuro da clube.

O presidente da Assembleia Geral desrespeitou e descumpriu ainda uma série de outras obrigações. Por exemplo: não publicou a convocação por três vezes em jornais de grande circulação, como estabelece não só o Estatuto do clube mas a Lei Pelé.

Para piorar, abriu ontem de maneira oficial o calendário eleitoral do Vasco com a convocação da Junta Deliberativa. Deixou diversas brechas para que as eleições diretas, que são um desejo da maioria dos vascaínos, sejam facilmente derrubadas na Justiça por aqueles que desejam votar a matéria em conjunto com o estatuto, usando as diretas como uma barganha política porque não defendem verdadeiramente mudanças.

O clube buscou três orçamentos de empresas especializadas em votação online de acordo com o compliance e da forma como exige o clube para organizar a AGE, dentro dos ritos do nosso estatuto.

Em troca do apoio, os grupos políticos por trás do Seu Mussa espalharam uma mentira de que eu seria contra a realização da AGE. A verdade é uma só: infelizmente esses dois grupos políticos, por intenções meramente eleitoreiras e na ânsia de disputar entre si o título de “pai das diretas”, cometeram um grave erro. E infelizmente esse erro poderá custar caro para todos nós.

Independentemente do que venha a acontecer, estou aqui para reafirmar meu compromisso com as eleições diretas. Espero sinceramente que vaidades e ambições políticas sejam deixadas de lado sempre que o assunto for o melhor para o Vasco da Gama. De minha parte, é eleição direta já, agora. Muito obrigado, vascaíno.”

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